Vale a pena assistir ao primeiro ‘It’, de 1990?
Primeira adaptação audiovisual do livro de Stephen King está disponível na HBO Max
primeira adaptação de It, lançada em 1990 como minissérie para TV, continua despertando curiosidade entre quem conheceu o palhaço Pennywise pela adaptação de 2017. A produção tem mais de três horas de duração e carrega todas as características da televisão da época, mas ainda assim segue sendo lembrada como uma das versões mais icônicas da obra de Stephen King.
A história acompanha o Clube dos Perdedores em dois momentos: quando são crianças, enfrentando o palhaço que aterroriza Derry, e quando adultos, chamados de volta à cidade após novos desaparecimentos. Essa estrutura em blocos — construída para televisão — acaba tornando o ritmo mais lento, especialmente na primeira parte, em que cada personagem adulto recebe a ligação de Mike (Marlon Taylor) e revive memórias da infância. É um formato que nem sempre favorece a narrativa, mas ajuda a reforçar o quanto essas lembranças moldam a relação do grupo.
Mesmo com limitações técnicas e efeitos especiais datados, o filme mantém um clima constante de tensão. A atuação de Tim Curry como Pennywise é um dos maiores destaques, marcada pelo equilíbrio entre humor macabro e ameaças diretas.
Entre os pontos mais elogiados pelos fãs está a forte química entre o elenco infantil. Essa versão estabelece laços mais palpáveis dentro do grupo e traz Richie como um personagem especialmente carismático — tanto na fase mirim (Seth Green) quanto adulta (Harry Anderson). Essa recepção contrasta com a adaptação de 2017, na qual Richie se tornou mais irritante. Já Eddie acaba ganhando mais espaço e profundidade emocional na releitura moderna, assim como os dramas familiares de Beverly e dele próprio, que ganharam nuances mais sombrias e complexas no filme recente.
Na comparação entre versões, também há diferenças de estilo. O It de 2017 aposta em gore, agressividade e mais impacto visual, enquanto o de 1990 opera no terror psicológico e no clima estranho que permeia Derry. Para quem aprecia uma atmosfera mais “vintage”, a minissérie é quase irresistível, mesmo com uma resolução final considerada anticlimática por muitos e com atuações adultas que não conseguem repetir a naturalidade do elenco mirim.
Outra diferença marcante está na relação entre Beverly e Ben: em 1990, a conexão entre os dois aparece de forma mais suave e sensível, reforçando a dinâmica do grupo. A versão moderna, por outro lado, privilegia cenas de impacto, especialmente na famosa sequência da casa abandonada.
Apesar dos altos e baixos, It: Uma Obra-Prima do Medo permanece como um clássico importante dentro do terror televisivo e da história das adaptações de Stephen King. É uma obra que ainda vale ser vista, seja para entender o impacto cultural do Pennywise original, seja para comparar como diferentes gerações enxergam a mesma história.
It: Uma Obra-Prima do Medo está disponível na HBO Max.
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