The Life of a Showgirl: o que esperamos e o que recebemos
Taylor Swift despertou grandes expectativas na fanbase com seu novo disco e aqui está o que esperávamos e o que recebemos.

Na última sexta-feira (3), Taylor Swift lançou The Life of a Showgirl, seu novo álbum que sucede Tortured Poets Department (2024). O projeto chegou cercado de expectativas: seria a volta olímpica após uma turnê histórica e celebração do amor que ela sempre manifestou em suas músicas.
Com estética glamorosa, tracklist sugestiva e figurinos de showgirl assinados pelo lendário Bob Mackie, o pacote prometia tudo o que os fãs esperam de Taylor: glamour, letras confessionais e indiretas. Mas, na prática, o álbum dividiu a fanbase: algumas previsões se confirmaram, enquanto outras desceram pelo ralo da banheira.
EXPECTATIVAS CONFIRMADAS
“Actually Romantic” foi interpretada como resposta direta a Charli XCX, que em “Sympathy Is a Knife” (do álbum BRAT) teria narrado seus sentimentos em relação à Taylor. A letra não deixa dúvidas sobre o tom: “Eu ouvi que você me chamou de Barbie entediante quando a cocaína te deu coragem”.
“Cancelled” foi lida como um recado para Blake Lively, envolvida em disputa judicial com Justin Baldoni. Há também quem aponte que a faixa poderia se referir a Brittany Mahomes, esposa de Patrick Mahomes, colega de Travis Kelce no Chiefs, criticada por seu apoio a Donald Trump.
Suspeita-se que “Father Figure” seja a respeito de Scott Borchetta, fundador da Big Machine e pivô da venda das masters de Taylor a Scooter Braun, episódio que redefiniu sua carreira e a levou a regravar a maior parte da discografia.
Já o relacionamento com Travis Kelce inspirou várias canções, como “The Fate of Ophelia”, “Opalite”, “Eldest Daughter”, “Wi$h Li$t”, “Wood” e “Honey”. O jogador surge como muso da vez, ainda que as músicas não explorem a relação com tanta profundidade, algo que os fãs também esperavam.
EXPECTATIVAS FRUSTRADAS
Apesar da estética luxuosa, o disco não entregou o show sonoro que o título sugeria. A produção é mais contida e intimista, em contraste com o brilho dos figurinos de Mackie e imagens criadas por Mert Alas e Marcus Piggott.
Outro ponto esperado, por conta da foto de capa do disco, os bastidores da Eras Tour, praticamente não aparece. Fora um ou outro aceno, como a menção ao salto quebrado no Brasil no poema que está no encarte, as músicas não trazem grandes desabafos sobre a pressão da turnê.
A faixa que muitos imaginavam como possível “ataque” a Blake Lively acabou soando mais conciliatória, o que surpreendeu parte dos fãs.
Nem mesmo a parceria de Max Martin, produtor por trás de clássicos como “Blank Space” e “Shake It Off”, garantiu hits incontestáveis. Além disso, alguns sentiram que o nível narrativo das letras ficou aquém de trabalhos anteriores.
SALDO
The Life of a Showgirl reforça um dos maiores trunfos da artista: gostem ou não, Taylor Swift continua no centro da conversa. Se alguns fãs saíram decepcionados, outros adoraram as batidas e sentem que estão gostando a cada nova audição de faixas como “The Fate Of Ophelia” e “Opalite”.
A expectativa agora se volta para o clipe de “The Fate of Ophelia”, que será lançado na noite de domingo (5) e promete reforçar a estética showgirl, podendo conquistar de vez os fãs que ainda estão em cima do muro.