Tentativas ousadas (e nem sempre boas) de astros da música nas telas
Do musical cult ao drama nacional, relembramos cantores que já se aventuraram no audiovisual em performances distintas

he Weeknd está de volta às telas. Depois da polêmica com The Idol, o cantor canadense agora estrela Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes, filme que complementa a nova era do artista. Apesar de já ter mostrado talento como roteirista e produtor, a atuação de Abel Tesfaye continua sendo alvo de críticas. E ele não é o único astro da música que tropeçou ao migrar dos palcos para as câmeras.
A transição da música para a atuação pode parecer natural, afinal, ambos os mundos envolvem performance. Mas nem sempre a presença de palco se traduz em presença de cena. Relembre outros nomes que também receberam críticas ao tentar brilhar no cinema.
Madonna
Ícone da cultura pop, Madonna já venceu o Globo de Ouro por Evita (1996), mas sua carreira no cinema é marcada por altos e baixos. A cantora foi duramente criticada por atuações em filmes como Corpo em Evidência (1993) e O Destino de Mr. Ripley (1999), acumulando Framboesas de Ouro ao longo dos anos (mais precisamente 12 indicações e 8 vitórias). Apesar das tentativas, nunca conseguiu a aclamação como atriz que tem como performer.
Roberto Carlos
O Rei da música brasileira (e muito provavelmente o favorito da sua mãe ou da sua avó) também teve sua fase cinematográfica. Nos anos 1960 e 70, protagonizou longas como Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa, tentando repetir a fórmula dos Beatles em A Hard Day’s Night. O sucesso de bilheteria foi real, mas a atuação de Roberto não escapou das críticas, vistas por muitos como forçadas e pouco naturais.
Harry Styles
Entre desfiles de moda e a carreira solo, Harry vem investindo na carreira de ator. Em Não Se Preocupe, Querida (2022), o ex-One Direction enfrentou críticas pela falta de intensidade em cenas dramáticas. Já em My Policeman, o desempenho mais contido dividiu opiniões. Apesar disso, Harry segue sendo escalado para grandes produções e parece determinado a aprimorar sua atuação.
Britney Spears
Em 2002, Britney protagonizou Crossroads – Amigas para Sempre, filme teen que marcou sua estreia no cinema. Apesar do carinho dos fãs, a crítica foi implacável: atuação fraca e roteiro raso. O longa não teve sequência e Spears não seguiu investindo na carreira de atriz, focando na música (e mais tarde em sua autobiografia explosiva que em breve ganhará uma adaptação para os cinemas).
Mariah Carey
A diva enfrentou uma chuva de críticas em Glitter – O Brilho de uma Estrela (2001), tanto que o filme virou sinônimo de fracasso em Hollywood. O timing não ajudou: o lançamento coincidiu com os atentados de 11 de setembro, e Mariah também vivia um momento pessoal difícil. Anos depois, ela foi elogiada por papéis menores, como em Preciosa (2009), mostrando evolução e resiliência. Por esse papel em específico, foi considerada esnobada pelo Oscar.
De volta a The Weeknd…
Hurry Up Tomorrow: Além dos Holofotes, seu novo filme ao lado de Jenna Ortega e Barry Keoghan, gira em torno de um músico à beira de um colapso mental em Hollywood. A proposta é ambiciosa e visualmente impactante, mas novamente o desempenho de Abel como ator foi considerado “robotizado” por parte da crítica.
Seja por falta de experiência, escolha de roteiros ou simplesmente por não “rolar química” com as câmeras, o fato é: cantar e atuar são habilidades diferentes.