Rita Lee, rainha do rock e de uma nova geração, morre aos 75 anos
Referência e inspiração para músicos da nossa geração tratava um câncer de pulmão desde 2021
Hoje é um dia triste para a nossa geração. Uma das nossas maiores referências e inspirações do mundo da música, Rita Lee, morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.
A notícia foi confirmada pela família de Rita hoje, pela manhã. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h.
Ela morreu na noite desta segunda-feira (8), ao lado de familiares e, segundo Roberto de Carvalho, seu marido e companheiro de banda, será cremada em uma cerimônia privada.
Ela foi irreverente não só para sua geração, mas inspirou artistas como Pitty, Manu Gavassi e bandas como Bala Desejo Rubel e Tim Bernardes. Seu nome completo era Rita Lee Jones e ela nasceu aqui em São Paulo, em 21 de dezembro de 1947 – com uma personalidade verdadeiramente capricorniana que abriu caminhos.
Foi aos 16 anos que tudo começou. Na adolescência, Rita integrou um trio vocal feminino, as ‘Teenage Singers’, e fez apresentações amadoras em festas de escolas, um jeito de começar e mostrar seu trabalho para um público conectado. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals até ela ser convidada para entrar nos ‘Mutantes’, uma banda que marcou a história da música brasileira.
A morte de Rita acontece seis meses após a perda repentina de Gal Costa, outra referência da nossa cultura e mulher que, assim como Rita, abriu caminhos para outras gerações e para a liberdade feminina – que colhemos frutos até hoje.
Profecia
Em outubro de 2016, a cantora deixou uma profecia sobre a repercussão de sua morte em autobiografia publicada pela Globo Livros – o fato foi lembrado nas redes sociais nesta terça-feira (9) pelos fãs da artista.
”Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída”, escreveu Lee.