Revisitamos o Quarteto Fantástico de 2005 e ele continua sexy e divertido

20 anos depois, fãs da equipe celebram o filme nas redes sociais enquanto crescem dúvidas sobre o novo reboot da Marvel.

Por Arthur Ferreira Atualizado em 7 jul 2025, 15h25 - Publicado em 4 jul 2025, 19h00
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om estreia marcada para o dia 25 de julho, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos será o reboot que vai oficializar a entrada da equipe no MCU. Mas, antes mesmo da chegada do novo filme, fãs já lotam as redes com cenas, falas e lembranças da versão de 2005. É um verdadeiro revival do longa da 20th Century Fox, que está completando 20 anos e que, mesmo com seus defeitos, segue sendo tudo aquilo: sexy, divertido e cheio de carisma.

Enquanto o novo filme ainda está só no trailer, o público já reage com certa desconfiança. Tem quem critique o visual do novo Coisa, as piadas dos teasers, ou quem esteja preocupado que o reboot repita a frieza da versão de 2015, que foi um verdadeiro fiasco. Agora sob comando da Disney, o medo é que o novo Quarteto seja mais uma peça da fórmula Marvel, sem espaço para o charme que marca a equipe na memória afetiva dos fãs.

E o original realmente marcou. Lançado numa época em que blockbusters ainda flertavam com o pastelão e o sex appeal fazia parte do pacote, Quarteto Fantástico, de 2005, sabia exatamente o que queria ser. A mistura de ação com humor de comédia romântica dos anos 2000 funcionava. Era um filme de herói que se permitia rir, provocar e ser sexy, diferente do reboot de 2015, que reuniu um elenco bonito, porém apático, sem charme nem libido.

O Tocha Humana de Chris Evans, por exemplo, é lembrado até hoje como gay awakening de uma geração. E a relação dele com Jessica Alba, que também era tratada com sensualidade explícita na época, consolidou os irmãos Storm como verdadeiros ícones bissexuais dos anos 2000.

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Rever o filme duas décadas depois mostra como ele era eficiente em sua proposta: um blockbuster leve, com clima quase de novela das 7, onde os uniformes são literalmente reaproveitados das roupas de astronauta e tudo opera na base da praticidade simpática. A dinâmica entre Johnny e Ben Grimm (O Coisa, interpretado por Michael Chiklis)
continua sendo um dos pontos altos. E, o mais importante: o filme mostra o Quarteto realmente preocupado em salvar pessoas, algo que anda em falta nos filmes de heróis atuais.

Claro, nem tudo são flores. A Mulher Invisível é pouco desenvolvida e serve mais como objeto de desejo do que como personagem com autonomia. O vilão, Doutor Destino, é genérico e a parte final do filme perde força. Ainda assim, o conjunto funciona porque tem alma. É pop, é caloroso, é cinema de boneco com coração.

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A comparação com o reboot de 2015 é inevitável. O diretor Josh Trank dizia que se inspiraria em David Cronenberg e flertaria com o body horror, mas entregou um drama frio, sem charme, com visual sombrio e ritmo arrastado. Michael B. Jordan, um dos atores mais charmosos da geração, foi reduzido a uma versão apagada do Tocha Humana. O filme parecia ter vergonha do próprio absurdo.

Agora, com o novo longa chegando, o clima é de tensão. O público teme o excesso de controle criativo da Marvel Studios. As comparações com os tempos mais “ousados” de 2005 ganham força, com vídeos, memes e trechos antigos circulando intensamente no TikTok e no X (ex-Twitter).

Quarteto Fantástico (2005) não é perfeito. Mas o tempo foi gentil com ele. Seus erros fazem parte do pacote, mas seus acertos seguem vivos no imaginário coletivo. É um filme que, vinte anos depois, ainda sabe rir, flertar e entreter.

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Quarteto Fantástico: Primeiros Passos chega aos cinemas brasileiros no dia 25 de julho. Confira a programação de sua cidade.

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