Qual é a história de Evita, papel elogiado de Rachel Zegler no teatro
Musical conta a trajetória de Eva Perón, ícone argentino que virou símbolo de força e carisma popular

achel Zegler está vivendo um dos maiores momentos de sua carreira. Após estrelar filmes como Amor, Sublime Amor e A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, a atriz conquistou o público londrino ao interpretar Eva Perón no clássico musical Evita.
A montagem em cartaz no London Palladium, com direção de Jamie Lloyd, chamou atenção por sua proposta ousada, incluindo uma cena em que Zegler aparece na sacada do teatro cantando Don’t Cry for Me Argentina para quem está do lado de fora.
@harrypowellx Don’t Cry For Me Argentina performed by Rachel Zegler in Evita on the Palladium balcony is absolutely iconic!!!! 👏🏻 #rachelzegler #evita #dontcryformeargentina #westend #london #theatre #palladium #fyp
Mas quem foi Evita, personagem que inspirou esse sucesso nos palcos e que ainda emociona plateias ao redor do mundo?
A mulher por trás do musical
Eva Duarte de Perón, mais conhecida como Evita, foi uma das figuras mais influentes da história argentina. Nascida em uma cidade do interior, ela começou sua vida como atriz, mas ganhou destaque nacional ao se casar com Juan Domingo Perón, que se tornou presidente da Argentina em 1946. Como primeira-dama, Evita se dedicou a causas sociais, defendeu os direitos das mulheres e dos trabalhadores, e criou a Fundação Eva Perón, que ajudava famílias em situação de vulnerabilidade.
Sua trajetória foi interrompida de forma precoce. Evita morreu aos 33 anos, em 1952, vítima de um câncer. Mesmo décadas depois, ela ainda é lembrada como um símbolo de resistência e conexão com o povo argentino.
Como surgiu o musical Evita?
A história de Eva Perón ganhou os palcos nos anos 1970, quando o letrista Tim Rice e o compositor Andrew Lloyd Webber criaram o musical Evita. O projeto começou como um álbum conceitual em 1976 e virou peça dois anos depois, em Londres, antes de conquistar também a Broadway. Com canções marcantes como Buenos Aires, Rainbow High e o clássico Don’t Cry for Me Argentina, o espetáculo foi o primeiro musical britânico a vencer o Tony Awards de Melhor Musical.
A nova versão com Rachel Zegler
A nova montagem no West End propõe uma leitura contemporânea da obra, com direção de Jamie Lloyd. Um dos momentos mais comentados acontece quando Rachel Zegler sai do palco e aparece na varanda do London Palladium às 21h para cantar ao vivo para o público reunido na rua, enquanto quem está dentro do teatro assiste por um telão. A ideia é aproximar a história da realidade de Eva, que falava diretamente com o povo, e transformar a cena em um ato de presença pública.
Segundo Zegler, a proposta quebra a barreira entre palco e sociedade. Em entrevistas, ela disse que Eva Perón nunca falou apenas para elites, e sim para a população que a acompanhava nas ruas e praças. A iniciativa foi bem recebida por muitos, mas também dividiu opiniões entre quem comprou ingresso e esperava ver o momento ao vivo.