Poder e chantagem: por que a série Sereias não sai da sua cabeça
Estrelada por Julianne Moore, Milly Alcock e Meghann Fahy, a nova minissérie da Netflix ganhou a atenção dos fãs de um bom drama psicológico

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ançada na última quinta (22), Sereias chegou à Netflix sem tanto alarde, mas virou rapidamente assunto entre os fãs de dramas psicológicos intensos e relações familiares complicadas. Com apenas cinco episódios, a minissérie estrelada por Julianne Moore, Milly Alcock e Meghann Fahy mergulha fundo (sem trocadilhos) em temas como poder, classe social e controle emocional.
Mas o que tem de tão especial em Sereias que fez tanta gente maratonar de uma vez só?
Uma história fictícia, mas não totalmente
A trama gira em torno de Simone (Alcock), uma jovem assistente pessoal que vive com a poderosa Michaela Kell (Moore), uma socialite carismática e manipuladora. Quando Devon (Fahy), irmã mais velha e bem mais pé no chão, percebe que Simone está cada vez mais envolvida nesse universo de aparências e submissão, ela decide intervir. O que era para ser um simples fim de semana em família vira uma espiral de tensão e revelações desconfortáveis.
Apesar do tom de mistério e da narrativa envolvente, Sereias não é baseada em uma história real, mas tem raízes bastante concretas. A criadora Molly Smith Metzler adaptou a série de sua própria peça de teatro, Elemeno Pea, escrita em 2011. A inspiração veio de sua vivência real em Martha’s Vineyard, onde trabalhou em casas de famílias ricas no início dos anos 2000. Lá, ela observou de perto as dinâmicas de poder e os códigos não ditos da elite americana.
A mitologia por trás do título
O nome Sereias (Sirens, no original) não foi escolhido à toa. A série brinca o tempo todo com o duplo sentido da palavra: tanto a sirene de alerta quanto a figura mítica que seduz e destrói. Michaela é apresentada quase como uma sereia moderna: elegante, encantadora, perigosa. E não demora para que esse papel comece a ser disputado por outras personagens, num jogo de sedução e manipulação que só aumenta a tensão a cada episódio.
A palavra “sirens” aparece inclusive como uma espécie de código secreto logo no primeiro episódio, quando Devon envia uma mensagem à irmã. O termo volta no final, numa cena que amarra o simbolismo da narrativa com um momento de urgência literal.
O fim é só o começo?
Embora tenha sido pensada como uma minissérie fechada, Metzler já afirmou que “os personagens continuam vivos” em sua cabeça, e que uma continuação não está fora de cogitação. Por ora, não há confirmação de uma segunda temporada, mas a resposta do público pode influenciar o futuro desse universo.
Os cinco episódios de Sereias já estão disponíveis na Netflix.