Oliver Sykes, o emo do ano

Colunista fala sobre a cena emo mundial e elege o cara do ano: o roqueiro meloso Oliver Sykes, da banda Bring me the Horizon.

Por Da Redação Atualizado em 4 nov 2024, 23h13 - Publicado em 24 jul 2013, 18h37

Já sei. Assim como eu, você tem achado o emo 2007 estranho. Se, no ano passado, era só lamúria e chororô, o movimento teen mais…, mais… sensível dos últimos tempos deu um tapa forte no visual. Está mudado.

Num estudo antropológico dessa espécie, uma análise fria e estudada de onde vem e para onde vai o ser emo, podemos puxar duas trajetórias para o estilo musical e de comportamento que a gente conhecia tão bem no ano passado. O emo americano cresceu e ficou adulto. E isso, na maioria de vezes, significa mais chato.

Mas enfim. O Fall OutBoy, a única banda do mundo cujo líder é um baixista e não o vocalista, agora mistura R&B em seu punk hardcore pop. Tipo já dá para chamar a Beyoncé para participações especiais naquelas festas da MTV americana que ninguém vai achar bizarro.

O próximo sucesso do FallOut Boy tem o singelo nome de “Thnks fr th Mmrs”. Já a segunda maior banda emo do mundo, a Panic! at the Disco, que, até ontem, desenhava lágrimas no rosto, acaba de lançar um vídeo, hum, pornô.

Mais ou menos. A música “Build God, Then We’ll Talk” consiste em uma historinha de pessoas que transam na base da mímica sexual. Uma espécie de “air sex”, parodiando o air guitar, aquela prática de tocar guitarra sem guitarra bem comum aos metaleiros. Dá pra ver no YouTube.

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Um cara chamado Oli

Mas aí veio um inglesinho para botar as coisas nolugar. Se o emo americano está virando frufru, Oliver Sykes, o assunto da hora no hardcore britânico, está esticando o movimento para outro lado: o da morte.

A Inglaterra pesada só fala nesse moleque de carinha de anjo, corpo todo tatuado e que não tem um show em que não vomite no palco, de tão bêbado (e nojento). Ele lidera a banda Bring Me the Horizon, grupo que puxa o hardcore para o além. Para o além mesmo. O negócio do Bring Me the Horizon, pelo vocal cavernoso e asletras sinistras de Oli Sykes, é o deathcore.

Nos shows, Oli odeia os fãs que aparecem com lagriminhas pintadas na bochecha. Na cara dura, manda todos os emos embora para casa para ouvir My Chemical Romance. Oli não é fácil, mas tem que admitir: o número de fãs cresceu muito com a adoção de sua banda pelos emos mais radicais.

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E ele não sossega. Paralelo ao Bring Me theHorizon, o rapaz, de 19anos, tem uma marca de roupas chamada Drop Dead Clothing e uma banda de…rap. Além disso, liderou um projeto de música eletrônica.

Na Inglaterra, dizem que ele será “o cara” de 2007.

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