Oi, pessoal, tudo bem? Eu sou a Aniké Pellegrini (@keke_bp), vocês devem se lembrar de mim da Galera CH anterior. A CAPRICHO me convidou para vir aqui falar sobre rap, um assunto que não costuma ser tão relacionado às meninas, mas deveria, porque não sou a única que gosta, né?
Na última sexta-feira (22/2) fui ao show de lançamento do álbum Bluesman, do Baco Exu do Blues, e não poderia ter saído de lá mais realizada. Ir a um show do Baco era uma das minhas metas assim que eu completasse 18 anos, já que em geral as apresentações dele são censuradas para menores de idade.
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O show durou cerca de duas horas e contou ainda com a participação da banda Tuyo, que cantou com ele as músicas Flamingos – uma das mais adoradas pela facção carinhosa (como são chamados os fãs do Baco) – Me Desculpa Jay-Z e Girassóis de Van Gogh, do álbum novo.
O setlist trouxe ainda algumas faixas adoradas pelo público, como Preto e Prata, usada por Baco para convocar o famoso “bate-cabeça” (quando o artista pede para a plateia abrir um buraco na pista e, na hora que a música chega ao ápice, todo mundo pula pra dentro, causando o maior empurra-empurra). Desta vez preferi não estar no meio porque esse foi o primeiro show dele que eu presenciei, mas como quando a gente alcança meta, nós dobramos a meta, o meu objetivo agora é ir a outra apresentação para estar no meio desse momento de muita energia. Rs.
Além de cantar as músicas de Bluesman, Baco também soltou a voz com algumas faixas de seu álbum anterior, Esú, uma chuva de críticas sociais e referências das mais diversas mitologias – referências essas que inclusive estão no próprio nome do cantor. Baco é um deus romano similar a Dionísio e Exu é uma entidade das religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.
As letras do cantor têm sempre um ponto em comum: são profundas, lotadas de sentimentos e intensidades. Em mim, particularmente, elas provocam todos os sentimentos ao mesmo tempo. Todo mundo tem um artista ou uma música que não canta ou decora, mas sente e transcende, certo? É isso que me causam os álbuns de Baco.
Também não posso deixar de falar, claro, das maravilhosas backing vocals, Bianca e Aisha, que fizeram o show ser ainda mais profundo e brilhante. Bibi (@bibi.caetano), musa paulistana, até contou para gente como é fazer parte do show: “No palco, eu e Aisha não somos vozes sem presença. Nosso trabalho se relaciona com os outros setores que montam o show, seja cantando, recrutando, cuidando dos arranjos do suporte vocal e do styling da banda. É emocionante ver do palco como as pessoas que assistem ao show vivem e cantam seus próprios sentimentos”, completou. Demais, né?
E por favor não se esqueçam:
“Não sou obrigado a ser o que vocês esperam! Somos muito mais!
Se você não se enquadra ao que esperam
Você é um bluesman”.