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O final da temporada de Californication

Por Da Redação 23 abr 2013, 19h24

Por causa da nossa programação extraordinária das últimas duas semanas, fiquei devendo para vocês dois finais importantes, sendo que um deles é Californication. Vamos lá ver o que rolou?

Este, como a maior parte dos episódios finais das temporadas da série, não traz nenhuma resolução dramática: ele serve como uma espécie de prelúdio para os enroscos da próxima temporada. É como um episódio-piloto. Boa parte da história que se fecha neste I’ll Lay My Monsters Down foi insinuada no anterior, The Abby; como Charlie e Marcy se casando novamente e Becca partindo para uma peregrinação literária.

Lew Ashby, o barman do inferno nos sonhos de Hank

O season finale encerrou um ano rock ‘n’ roll para Californication, que teve participação especial de Marilyn Manson e um fake rock star. O truque não era necessariamente novo já que na segunda temporada conhecemos Lew Ashby, o lendário produtor que morre de overdose antes de conseguir realizar o seu amor — uma metáfora para o próprio Hank Moody. Mas o ambiente deste ano ganhou uma pegada Quase Famosos. Lembram do filme de Cameron Crowe, que tinha a Kate Hudson como a groupie Penny Lane? Pois é. Mas a groupie desta versão atendia pelo nome de Faith.

A personagem de Maggie Grace tinha tudo para ser insuportável (até por ser meio clone mesmo), mas ela conquista a gente por ser a única com potencial real de fazer Hank seguir adiante com relação à Karen. No episódio em que elas se conhecem na festa da casa de Charlie, há um momento sugerido pelo enquadramento que deixa bem claras as semelhanças entre as duas. Karen mesma repara – e fica enlouquecida com isso – que Faith enxerga Hank da mesma forma que ela. A ex-freira, tal e qual nos sonhos eróticos do escritor, é linda, sexy e ambivalente. Mas ela também tem as qualidades que o faz tão louco por Karen…

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Faith, a nova Penny Lane

Acho que qualquer fã ou telespectador da série sabe que Karen e Hank são o casal, não tem como mudar esta realidade. Mas a grande fraqueza deste final foi ter amarrado tudo à la comédia romântica, sem a irreverência tão característica de Californication: para que fazer ele voltar atrás, bater na porta da ex? Sabemos que este é o movimento natural, mas não precisava ser mostrado. Ele poderia ter experimentado, ao menos momentaneamente, a felicidade de que Becca falava, sem se render às velhas amarras. Ele poderia ter caído na estrada com Faith, escrito outro livro, ou sei lá o quê. Mas ficamos em um suspense bobo. Sem expectativas para a já confirmada sétima temporada.

Por outro lado, o casamento de Charlie e Marcy no palco do show de Atticus Fetch – por mais chato que o brother fosse – foi incrível. E já era hora, né? Por mais que eu ache o Stu um personagem ótimo individualmente, o casal Runkle é mais divertido junto! Tão legal foi esta cena que, bem ali, eu não me importaria de ver Hank pedindo Karen em casamento, dando um passo novo, uma possível loucurinha a mais (hahaha) na história deles. E não voltando atrás para buscá-la, fazendo meias-escolhas.

 

Correndo atrás de Karen, all over again

Ponto alto do episódio: Hank dizendo para Fetch que só aguenta a barra longe de Karen porque tudo o que escreve é para ela ou sobre ela. Então eles estão juntos até mesmo quando não estão, no texto dele. Resume toda a personalidade de Hank.

 

E vocês, o que acharam deste fim? Estão empolgadas para a próxima temporada? Comentários!

Beijo 😉

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