Nosso papo bom com o Charlie e a Marnie de Girls
Meninas, vocês não sabem onde eu estava ontem! Fui bater um papo com a Allison Williams e o Christopher Abbott, a Marnie e o Charlie de GIRLS! (Dá pra dizer que não amo meu trabalho? Claro que amo.) Os dois vieram a São Paulo para divulgar a 2ª temporada da série e a gente conversou […]
Meninas, vocês não sabem onde eu estava ontem! Fui bater um papo com a Allison Williams e o Christopher Abbott, a Marnie e o Charlie de GIRLS! (Dá pra dizer que não amo meu trabalho? Claro que amo.) Os dois vieram a São Paulo para divulgar a 2ª temporada da série e a gente conversou um pouco sobre tudo.
Primeiro, a Marnie:
Antes que perguntem, a Allison é linda de verdade. E adora brigadeiro. A primeira coisa que ela fez por aqui foi parar para comer um, já que é fã do nosso doce desde criança (culpa de uma babá sua, que era brasileira). Ela também é viciada em séries, como nós. Na listinha dela tem Parks and Recreation, The Office, The Wire, New Girl, Mad Men, True Blood e muiiito mais! Sério, muito mais mesmo.
E, para quem acha que é igualzinha a personagem, ela diz que tem momentos Marnie, mas também tem momentos bem Jessa. Mesmo com esse lado mais crazy, se derreteu ao falar das colegas de elenco e contou que são super amigas, não param de conversar no set. Clima bom esse, hein?
Allison tem 24 e diz que seria fã da série se não estivesse nela
No palco do Globo de Ouro e como a Lena se sente se não curtem a série…
A Allison estava super animada apenas por estar lá e conhecer todas aquelas estrelas, mas:
“Na hora em que nosso prêmio foi chamado, a gente até sussurou ‘Modern Family’, porque esperávamos que eles ganhassem tudo. Foi tão chocante, nós ficamos tão empolgadas! Meus pais estavam assistindo em casa e disseram que eu fiz uma cara muito chocada! Mas fiquei feliz pela Lena, porque o show é tão “ela” que se as pessoas não gostam, ela sente que não gostam dela.”
Sobre como ela virou a Marnie (e a história do cabelo meio disgusting):
“Eu fiz um teste. Eles me chamaram para entrar e nós [ela e a Lena] fizemos as cenas juntas. Uma delas, era só com duas pessoas falando em uma sala, ia ser muito chato ficar lá só parada uma na frente da outra. Aí eu perguntei pra Lena se podia fazer uma trança no cabelo dela. Ela disse “claro, tudo bem”. E a gente fez a cena comigo trançando o cabelo dela. Depois, ela virou pra mim e disse: “Eu não tomo banho há uma semana!” [rindo]. O cabelo dela estava nojento e eu lá, brincando com ele o tempo todo. Foi muito Hannah da parte dela dizer isso e eu respondi de um jeito que a Marnie provavelmente diria: “não é bom pro seu cabelo ficar todo esse tempo sem lavar, sabia?”. A gente teve um clique, um estalo naquele momento. Depois eu liguei pros meus pais e disse que achava que tinha ido bem, jamais teria chance de passar, mas pelo menos não tinha passado vergonha. E eu passei! Consegui o papel. Às vezes, ainda não acredito.”
Essa história toda de voz da nossa geração…
“A Lena focou em quatro garotas, não um grupo ou uma geração. Como as personalidades delas são bem específicas, os problemas pelos quais elas passam acabam sendo muito grandes. Coisas como amor, amizades e trabalho…mesmo que sua língua nativa não seja o inglês, você é capaz de entender. Dá para se identificar. Acho que é por isso que funciona. Se elas não fossem tão únicas e trouxessem com elas grandes temas, ninguém se importaria.”
E as muitas cenas de nudez da série?
“A Lena escreve a maioria para si mesma! Quando eu leio, só penso ‘ai meu Deus, que garota corajosa!’. Mas é algo que não a incomoda. Para mim, o mais assustador não é cena de nudez física, mas a nudez emocional. Quando elas têm que estar completamente expostas aos sentimentos, mesmo que sejam sentimentos ruins, é mais difícil. E raro de ver na televisão. Sempre encaro como um desafio maior, como no momento em que a Marnie e o Charlie terminam e eles estão fazendo sexo. Eu tive que descobrir como fazer uma expressão que passasse o que ela sentia. Para que as pessoas vissem e pensassem ‘eu passei por isso, estive naquele momento’. Mesmo que não estivessem fazendo sexo! [rindo].”
O Top 3 da Allison na trilha de GIRLS
Como sempre quis fazer musicais no teatro, comédia é algo mais novo pra Allison. E, claro, ela ama música. Estas são suas favoritas da série:
Anything Could Happen, Ellie Goulding
httpv://www.youtube.com/watch?v=5hzgS9s-tE8
I love it, Icona Pop
httpv://www.youtube.com/watch?v=UxxajLWwzqY
Dancing on my Own, Robyn
httpv://www.youtube.com/watch?v=CcNo07Xp8aQ
Agora, o Charlie fala:
O Christopher faz um tipo mais caladão e alternativo, mas foi simpático e contou que já curtiu os blocos de rua da Vila Madalena aqui em São Paulo. Ele super se misturou e ninguém nem percebeu. Hahahaha. Sei lá se ele tem aquele samba meio gringo no pé, mas o rapaz saiu dançando, confiante no sangue português que tem por parte de pai. A sugestão de ir até lá foi de uns amigos dele daqui mesmo.
Chris tem 26 anos e espera que o Charlie vire um espião na 10ª temporada hahaha
Será que ele e Charlie são parecidos?
“Não, mas eu me identifico com o fato de que ele está sempre tentando ser uma boa pessoa. Ele comete erros, mas é esperto e consciente do que faz. Ele apenas tenta melhorar. Mas eu nunca falaria no meio de uma transa! Prefiro ficar quieto mesmo. [risos]”
Sobre o retrato muitas vezes negativo dos caras em GIRLS
“Eu não acho que seja negativo. Para ter uma série, você precisa de drama e umas situações extremas acontecendo. Precisa ter essas coisas, ou seria um tédio. Acho que os caras de GIRLS, de um jeito bom, eles cometem erros. Para criar tensão mesmo. Eles são catalisadores, personagens em ação. Tudo bem a gente não concordar com o que eles fazem, às vezes. Mas eles criam drama.”
E Charlie é um cara bonzinho mesmo?
“De um jeito engraçado, eu não acho que o Charlie seja tão bonzinho assim. Na superfície, ok. Mas, se você pensar, não é tão legal assim não deixar que uma pessoa termine com você. Sobrecarregá-la desta maneira não é certo. Se ela quer partir, que vá. Mas, como personagem, ele tem uma característica: dois passos a frente e um para trás. Então ele tem esses pequenos flashes não tão legais, talvez demore um pouco mais para ele evoluir e crescer. Espero que a gente veja isso.”
As dificuldades financeiras e emocionais dos personagens (e as dele!)
“De alguma forma, os problemas financeiros se igualam aos emocionais. Especialmente em São Paulo e NY, que são cidades grandes, com muitas pessoas, os tempos são difíceis. Você é jovem, não consegue um trabalho…existe uma pressão muito grande para ser bem-sucedido. Pode te danificar emocionalmente se você deixar. Acho que a série mostra isso muito bem: você pode enlouquecer tentando, correndo atrás. Não há tempo pra parar, sentir o cheio das flores. Todo mundo está sempre muito sedento. Eu não passei pelas mesmas situações, mas foi parecido. Difícil. Mudei de apartamento 12 vezes, dormi em sofás por anos. Mas não fico triste pensando.”
Um conselho para o Charlie:
“Fique quieto, cara! [rindo]. Mas como eu preciso falar na série, isso pode não funcionar. Não é um conselho muito bom!”
Curtiram, meninas? Quero ouvir vocês nos comentários.
Beijo! 😉