“Mostrei quem eu sou”, Manillê após eliminação no Corrida das Blogueiras 7
Em entrevista à CAPRICHO, a drag reflete sobre a experiência no reality, o shipp com Mady e os altos e baixos da competição.
uarta eliminada do Corrida das Blogueiras 7, Manillê deixou o reality depois de uma trajetória marcada por altos e baixos — e pela personalidade doce e enérgica que dividiu o público logo nas primeiras semanas. A drag queen de Uberaba conversou com a CAPRICHO sobre sua trajetória, as críticas, o carinho dos fãs e até o ship inesperado com Mady.
A artista começou a temporada no flop pelo desafio de maquiagem artística, foi salva customização, brilhou na atuação, voltou ao risco na night of cola quente e, depois, na publicidade. No vídeo final, em que precisava arrumar uma penteadeira de forma “relaxante”, destoou ao escolher uma trilha de rock enquanto as concorrentes Mady e Milena foram para o ASMR e acabou eliminada.
Agora, já em casa e com um pouco de distância, ela revisita tudo.
Assistir à própria saída não foi fácil. “Ai, assistir à minha eliminação foi uma sensação muito, muito forte”, conta. “Quando a gente assiste o que acontece nos episódios, imediatamente revive os sentimentos que teve no momento. Eu chorei bastante enquanto assistia — e quando reassisti, chorei de novo. Acho que toda vez que rever, vou acessar aquelas emoções de novo.”
A arte drag entrou na vida de Manillê muito antes da fama. “Começou muito a partir de uma necessidade de me expressar visualmente. Eu já tinha música pronta — lembro que fiz a minha primeira, Não Vai Ter Jeito, em 2020 — e queria lançar um videoclipe. Mas eu sempre quis aparecer nele montada, com cabelo fierce, maquiagem… queria estar belíssima!”
Segundo ela, era quase inevitável: “Eu sempre me vi em cima de um palco com roupas extravagantes, com cabelo, com essa alusão ao feminino. Sempre tive uma energia muito afeminada, muito minha.”
Como criadora de conteúdo, o maior desafio não está na criatividade, e sim em protegê-la. “As pessoas falam muito. Elas tentam te colocar numa posição de ridículo, como se você não tivesse talento nenhum. Então, pra mim, o maior desafio é cuidar da cabeça para que minha criatividade funcione.”
O bloqueio, ela explica, vem quando a mente pesa: “Você precisa filtrar comentários, decidir o que levar em conta ou não. Senão, paralisa.”
Apesar da saída precoce, Manillê entrou no coração de muita gente, especialmente por sua personalidade gentil. “Sobre as pessoas me chamarem de doce, eu fico muito feliz. Um dos grandes fantasmas que me assombraram era o medo da recepção do público.”
O início foi turbulento. “Na primeira semana, eu sofri hate. Falavam que eu era forçada, Débi & Lóide, sem noção…”
Mas tudo virou com o tempo: “Depois ver a opinião das pessoas mudar, permitirem me conhecer de verdade, foi muito gratificante. Agora, na eliminação, me senti super abraçada.”
E o ship com Mady? Ela se diverte. “Eu e a Mady estamos super bem! A gente é próxima, amiga mesmo. Amo ela, tô morrendo de saudade.” Os fãs ajudam a fomentar o caos. “O povo está shippando muito (risos). A gente ainda não conseguiu se ver desde que o programa terminou, mas queremos muito marcar de se encontrar logo.”
Outro assunto que tomou a internet foi seu nome, ou melhor, as variações dele. “No início, eu corrigia as pessoas. Mas depois virou uma brincadeirinha entre a gente. Achei saudável, não fiquei brava.” Com o tempo, ela decidiu embarcar na zoeira. “Amei que virou meme! Consegui até converter isso em engajamento. Se estão fazendo piada, entra na brincadeira. Porque, se você apelar, aí sim as pessoas vão pegar pesado.”
E sim, os apelidos são infinitos. “Matuê, Narguilê, Maculelê, Mania de Você… cada um mais criativo que o outro! Ontem mesmo fui no Brás e me chamaram de Marilu pra tirar foto! Acho fofo, um apelido do fandom.”
Sobre o que faltou mostrar no reality, ela é direta: nada. “Eu consegui mostrar muito bem quem eu sou lá. Isso me deixou aliviada. Peguei o voo pra Minas pensando: ‘Mostrei quem eu sou’.” Se pudesse mudar algo, seria a trilha do vídeo final. “Eu mudaria a trilha da arrumação. Não colocaria aquela trilha rock. Apesar de não ter nada no briefing dizendo que precisava ser ASMR, eu sinto que destoou dos outros dois.”
E para quem vai a torcida agora? Ela não pensa duas vezes: “A minha torcida fica pra Mady. Pelo desempenho, pelas vitórias, pelo recorde que ela bateu, é uma trajetória digna de campeã.”
Para o futuro, a música volta a ganhar espaço — desta vez, com esperança de apoio profissional. “Foram cinco anos sendo artista independente, fazendo tudo com meu dinheiro de CLT, de jovem aprendiz… e eu nunca vi tanto retorno quanto agora.”
Ela já tem composições prontas, mas quer estrutura: “Eu queria alguém pra pegar na minha mão e falar: ‘Vamos fazer acontecer’. Sozinha eu não quero mais pegar essa frente.” E deixa o recado: “Então fica o recado: se alguém quiser investir, vamos dar as mãos e fazer acontecer!”
Enquanto planeja os próximos passos, uma coisa é certa: Manillê sai do Corrida maior do que entrou e com novas pessoas chamando por ela (por todos os nomes possíveis).
Corrida das Blogueiras 7 estreia episódios inéditos todas as terças, às 20h, no YouTube do Dia TV e do Diva Depressão.
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