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Kung Fu Panda 4 é um filme divertido, mas é uma sequência desnecessária

O quarto filme da franquia de sucesso já chegou aos cinemas brasileiros

Por Arthur Ferreira Atualizado em 27 mar 2024, 16h25 - Publicado em 22 mar 2024, 14h39

novo filme da franquia de Kung Fu Panda acaba de chegar aos cinemas nesta quinta-feira (21), trazendo um novo capítulo da história do panda mais amado do cinema. Após três filmes e um ótimo encerramento de trilogia em Kung Fu Panda 3, muitas pessoas acharam estranho quando a Dreamworks anunciou que a franquia ganharia um quarto filme. Afinal, para que mexer no que já estava perfeito, não é mesmo? A CAPRICHO assistiu o filme e podemos dizer que Kung Fu Panda 4 realmente não é uma sequência necessária, mas diverte muito.

Em Kung Fu Panda 4, acompanhamos o retorno de Pô às telonas, agora vivendo uma nova aventura. O Grande Dragão Guerreiro é escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz e, agora, o herói atrapalhado terá que encontrar e treinar seu sucessor antes de assumir o novo cargo. O destino acaba colocando Zhen, uma raposa pilantra, em seu caminho e juntos eles terão que combater a terrível vilã Camaleoa, uma bruxa maligna que está tentando trazer de volta todos os vilões que Pô já derrotou do plano espiritual.

Cuidado com os spoilers!!!

Só pela sinopse já podemos perceber que o roteiro, escrito por Jonathan Aibel, Glenn Berger e Darren Lemke, buscou trazer uma continuação que acrescentasse novos elementos na franquia. E isso deu certo quando falamos sobre a introdução da carismática personagem Zhen, a sucessora de Pô, e a exploração por novos locais. Aliás esse é um ponto muito forte: nós conhecemos uma nova cidade, muito diferente do Vale da Paz, onde Pô e os Cinco Furiosos não são conhecidos.

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Por falar nos Cinco Furiosos… a ausência deles foi algo que chamou a atenção logo no trailer. Sim, em Kung Fu Panda 4, os amados personagens Tigresa, Garça, Macaco, Víbora e Louva-a-Deus não aparecem, ou não tanto quanto nós gostaríamos. Essa escolha arriscada serviu para que o amadurecimento de Pô e o relacionamento dele com Zhen fossem melhores aproveitados durante o filme. Apesar da ausência ressoar estranha a principio, no final a proposta deu certo.

Um dos maiores triunfos do novo filme é o timing cômico afiado, aquele humor pastelão já muito característico dos outros filmes de Kung Fu Panda. Há piadas que funcionam muito bem, principalmente se tratando das aparições do Mestre Shifu. Outro ponto positivo é o apelo visual, a animação mantém o estilo característico da série, mas com um aprimoramento perceptível na direção de arte – principalmente nas texturas dos cenários. E claro, a direção acelerada de Mike Mitchell e Stephanie Stine traz cenas de luta incríveis que conseguem prender o espectador do início ao fim.

Apesar de trazer todos esses pontos positivos, o grande problema está no desenvolvimento da narrativa. O filme acrescenta, sim, novos elementos para a história do personagem, mas erra em não se arriscar dentro disso. A todo momento você já sabe o que vai acontecer, há uma previsibilidade muito grande – diferente dos outros três filmes. Isso fica mais forte quando temos uma vilã má desenvolvida.

A Camaleoa tinha tudo para ser uma das maiores vilãs da franquias, mas seu potencial não é totalmente explorado. Talvez o erro tenha sido trazer uma personagem que sente a necessidade de trazer de volta outros vilões icônicos da saga para se sentir mais forte, e não ser autossuficiente com seus próprios poderes. A Camaleoa poderia ser uma bruxa poderosa o suficiente para derrotar Po sem precisar desse aceno aos vilões que já passaram. No fim, é tudo muito fácil e não dá para acreditar que Po terá alguma dificuldade em derrota-la.

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Apesar de ser uma sequência desnecessária para a franquia, Kung Fu Panda 4 diverte muito e entrega novos elementos ótimos para uma nova geração e referências para aqueles que cresceram assistindo a franquia. Esperamos que nos próximos filmes, os roteiristas e diretores consigam se arriscar e depreender mais do que já aconteceu na franquia para desenvolver a trajetória de Pô como Mestre da Sabedoria e Zhen como Dragão Guerreiro.

Não podemos deixar de mencionar a versão do hit de Britney Spears, …Baby One More Time, pela banda Tenacious D, que conta com o vocal de Jack Black – o icônico ator que dá voz ao Pô na versão original. Confira: