
K-drama não é Dorama e outros termos coreanos que você precisa aprender
Intitulada Nomear é respeitar, campanha busca conscientizar os fãs sobre os termos corretos da cultura da Coreia do Sul
om a expansão da Hallyu (a onda coreana), a cultura da Coreia do Sul vem ganhando cada vez mais destaque no cenário global. No entanto, alguns elementos coreanos importantes ainda são frequentemente nomeados de forma imprecisa ou confundidos com expressões de outras culturas e países, principalmente de origem japonesa.
Para ajudar a conscientizar o público, o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) lançou a campanha Nomear é respeitar. A iniciativa celebra um importante marco institucional: a inclusão do Dia do Hangul, a escrita coreana, no calendário oficial de São Paulo, em 9 de outubro. O movimento é resultado de uma cooperação entre o Consulado-Geral da República da Coreia e o governo estadual.
“A campanha tem o objetivo de apresentar e estimular o uso de palavras coreanas, não apenas para evitar confusões, mas também como forma de reconhecer e reverenciar a identidade cultural da Coreia. Aproveitamos as comemorações do Dia do Hangul para lançar e chamar atenção para o tema”, afirma Cheul Hong Kim, diretor do CCCB.
Descubra o guia com os principais termos:
Hanbok não é Kimono
Hanbok é uma vestimenta tradicional coreana. O traje é composto por partes separadas – a parte superior, chamada jeogori, e a inferior, que pode ser uma saia (chima) ou uma calça (baji) –, caracterizando-se por suas linhas suaves e curvas. Com frequência, o hanbok é confundido com o kimono, mas são vestimentas distintas. O kimono japonês é composto por uma única peça amarrada firmemente na cintura.
K-drama não é Dorama
Bastante popular, o termo é utilizado para se referir às produções audiovisuais da Coreia (séries e novelas). No Brasil, acabou se popularizando o uso do termo dorama, cuja origem está ligada às produções japonesas. Porém, a denominação reconhecida mundialmente é K-drama, também usada na Coreia, já que reflete a identidade do país.
Webtoon não é Mangá
Webtoon é a junção das palavras Web (internet) e Cartoon (quadrinho). Trata-se de um tipo de quadrinho digital desenvolvido na Coreia, publicado em plataformas digitais, geralmente em cores e no formato vertical de leitura . Foi criado para ser facilmente lido em smartphones e computadores. Muitas vezes, o webtoon é confundido com mangá ou até mesmo com anime. No entanto, diferentemente dos quadrinhos japoneses, que costumam ser em preto e branco e publicados no formato impresso, e dos animes, que são animações feitas no Japão, o webtoon é um gênero sul-coreano distinto, com identidade própria e características específicas.
Jeotgarak não é Hashi
Os talheres tradicionais coreanos são compostos por duas hastes finas, geralmente feitas de metal, principalmente aço inoxidável, e com formato achatado. No Brasil, muitas vezes são chamados genericamente de hashi, termo de origem japonesa. No entanto, o hashi japonês costuma ser de madeira ou bambu, é mais curto e possui pontas mais finas.
Gimbap não é Sushi
Preparado em formato de rolo, é envolvido por alga, no qual o arroz é temperado com óleo de gergelim. A versão básica leva espinafre, cenoura, ovo, rabanete em conserva e outros vegetais, sendo possível adaptar a receita conforme o gosto pessoal. Frequentemente, o gimbap acaba sendo confundido com o sushi japonês.
Ramyeon não é Ramen
O termo se refere ao macarrão instantâneo, um dos principais ícones do K-food, com ampla diversidade de tipos e sabores. Com frequência, é confundido com o ramen ou lamen japonês. No entanto, enquanto no Brasil esta denominação é atribuída ao prato típico da culinária japonesa, geralmente feito artesanalmente, o nome ramyeon se refere a um alimento instantâneo desenvolvido e popularizado na Coreia.
Mandu não é Guioza
O prato típico coreano de massa fina é recheado com vários tipos de ingredientes, podendo ser cozido no vapor, frito ou servido em sopas. No Brasil, costuma ser confundido com o guioza japonês. Contudo, o mandu se distingue por ter recheios mais variados, incluindo versões com kimchi, e pode conter maior proporção de vegetais, além de outros modos de preparo.
Soju não é Saquê
A bebida alcoólica destilada e incolor cuja icônica garrafa verde se consolidou como símbolo da cultura popular da Coreia já ganhou versões com sabores de frutas e têm se expandido mundialmente. Muitas vezes é confundido com o saquê ou sake japonês, que é uma bebida fermentada e não destilada. Para saber mais, acesse aqui.
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