Jesuíta Barbosa dubla ou canta as músicas do filme Homem com H?
Ator passou por um longo processo de preparação para interpretar Ney Matogrosso nos cinemas, mas se engana quem pensa que ele só dublou as faixas

Afinal, Jesuíta Barbosa canta de verdade em Homem com H? Na obra cinematográfica que chegou à Netflix na última semana, o ator homenageia a trajetória do cantor Ney Matogrosso e muita gente ficou em dúvida se ele teria emprestado a voz para o papel. A resposta é sim e não já que cinebiografia conta com vocais originais do ex-Secos & Molhados, mas também dá espaço para que o intérprete coloque sua voz em cena.
Segundo informações do IMDB, a apresentação de Rosa de Hiroshima é a única em que Jesuíta usa a própria voz. Na cena, Ney está ensaiando com os integrantes do Secos & Molhados, logo depois de ter se juntado ao grupo, para gravar o LP autointitulado lançado originalmente em 1973.
“Ele canta. Quando a gente vê ele cantando, a musculatura está funcionando. Não está na boca, ele está cantando”, disse Ney em coletiva de imprensa durante o período de divulgação do longa.
O site, que funciona como uma base de dados sobre o mundo entretenimento, ainda levanta a possibilidade da produção ter usado alguns recursos para aprimorar a voz de Barbosa para deixá-la parecida com a do próprio Matogrosso, uma técnica semelhante com àquela que foi usada por Angelina Jolie ao interpretar a cantora de ópera Maria Callas em Maria (2024).
Para integrar a produção que retrata a vida da soprano nova-iorquina, a atriz passou por treinos intensivos de canto para ópera, corpo, respiração e sotaque por sete meses. Assim como Jesuíta, que se preparou física e vocalmente por 3 meses, enquanto acompanhava Ney em seus compromissos e perdeu 12 kgs para vivê-lo nos cinemas.
Homem com H conta com outras faixas eternizadas na voz de Matogrosso como Homem de Neanderthal, canção responsável por abrir o filme, Réquiem para Matraga, música de Geraldo Vandré que faz com que Ney entre para os Secos & Molhados, Bandido corazón, em uma das cenas mais emblemáticas do longa, entre tantas outras que foram trilha sonora da vida do povo brasileiro ao longo dos seus mais de 50 anos de carreira.
Escrita e dirigida por Esmir Filho, a obra arrecadou mais de 13 milhões em bilheteria e, neste momento, continua sendo exibido nas salas de cinema, enquanto integra o catálogo da Netflix, figurando no ranking como uma das mais assistidas em nosso país.