Investigamos a setlist de Lady Gaga: o que esperar do show em Copacabana
Show que será apresentado por Lady Gaga no Rio deve seguir o formato exibido no Coachella, mas pode ter surpresas

ady Gaga está prestes a transformar a Praia de Copacabana em um palco apoteótico no dia 3 de maio, na segunda edição do evento gratuito Todo Mundo no Rio. A apresentação deve seguir um formato parecido ao apresentado no Coachella 2025, com possíveis surpresas para o público brasileiro. Com base na performance do festival californiano, dissecamos a setlist e mostramos o que pode (ou não) rolar por aqui.
O show foi estruturado como uma ópera pop futurista, dividido em cinco atos e um epílogo — com direito a manifesto de abertura, performances teatrais e trocas de figurino que reforçam a estética sombria do novo álbum Mayhem. A maioria das músicas do set vem do novo trabalho, com onze faixas apresentadas ao vivo, além de sucessos consagrados que ganharam novas roupagens.
Ato I: Of Velvet and Vice
A introdução dramática com The Manifesto of MAYHEM abre caminho para a versão alternativa de Bloody Mary — tocada ao vivo pela primeira vez desde 2018, e com novos arranjos. Em seguida, Gaga mergulha na atmosfera dark com Abracadabra, Judas e Scheiße (essas duas últimas em versões encurtadas), culminando em Garden of Eden, faixa do novo álbum que mistura ópera e batidas eletrônicas. Poker Face aparece logo depois, como respiro nostálgico, antes de uma versão remixada de Abracadabra, em formato de batalha ballroom.
Ato II: And She Fell Into a Gothic Dream
Gaga segue explorando o caos interno com faixas como Perfect Celebrity e Disease, que ganham introduções estendidas. Paparazzi retorna ao repertório em uma versão mais dramática e alternativa, enquanto Alejandro (não tocada desde 2020) volta com uma intro falada. O momento se encerra com The Beast, dividida em duas partes — ambas com intensidade crescente e um clima cinematográfico.
Ato III: The Beautiful Nightmare That Knows Her Name
Aqui, Gaga une forças com o produtor Gesaffelstein em Killah, que recebe um final estendido e sombrio. Zombieboy ganha destaque, seguida pelos lançamentos Die With a Smile e How Bad Do U Want Me, consolidando o terceiro ato como o mais experimental da noite.
Ato IV: To Wake Her Is to Lose Her
O show desacelera emocionalmente com Shadow of a Man, cuja performance termina com uma citação à faixa Kill for Love, antes de emendar nos hits Born This Way (com um intro renovado) e Shallow, o dueto de Nasce Uma Estrela. Na sequência, a inédita Vanish Into You oferece uma espécie de despedida etérea antes do grande final.
Finale: Eternal Aria of the Monster Heart
Como não poderia faltar, Gaga encerra com Bad Romance — agora com um arranjo ainda mais poderoso. É o momento de catarse do show, onde a plateia se transforma em um verdadeiro coral.
O passado e o presente de Gaga no mesmo show
O foco do show é o álbum Mayhem, com 11 faixas inéditas apresentadas ao vivo. Mas a artista também revisita a própria história com:
- 4 músicas de Born This Way (Bloody Mary, Judas, Scheiße e Born This Way)
- 2 músicas de The Fame (Poker Face e Paparazzi)
- 2 músicas de The Fame Monster (Alejandro e Bad Romance)
- 1 música da trilha de Nasce Uma Estrela (Shallow)
Ao todo, são 20 músicas distribuídas entre novas faixas e clássicos, em versões atualizadas e por vezes encurtadas. Por outro lado, álbuns como ARTPOP (2013), Joanne (2016) e Chromatica (2020) ficaram de fora do repertório — ao menos na versão apresentada no Coachella. Fãs mais atentos notaram a ausência de hits como Rain On Me, Babylon, You and I, Aura e Fashion!, que circularam em turnês anteriores e seguem entre as mais pedidas nas redes sociais.
E no Rio, vem alguma a mais?
A performance no Coachella teve cerca de 1h50, mas o produtor brasileiro revelou que o show em Copacabana pode se estender até 2h30. Com esse tempo extra, há espaço para algumas surpresas no setlist. Será que o Brasil vai ganhar alguma faixa exclusiva?