Halsey posa para Playboy e diz: “Sou uma mulher negra”
Cantora de 22 anos falou sobre sua infância e como foi crescer em uma família birracial
Halsey é a estrela da capa da Playboy norte-americana, que lançou sua edição musical trazendo uma longa entrevista com a cantora, que falou sobre sua infância e como foi crescer em uma família birracial, já que seu pai é negro e sua mãe branca.
“Uma das minhas grandes piadas há muito tempo era ‘eu pareço branca, mas ainda tenho meninos brancos na minha vida me perguntando por que meus mamilos são marrons'”, falou Halsey na entrevista. “De vez em quando eu experimento esses conflitos raciais. Eu pareço uma garota branca, mas não me sinto à vontade. Eu sou uma mulher negra. Quando eu estava crescendo, não sabia se deveria amar a TLC ou a Britney.”
A mãe de Halsey, Nicole Frangipane, vem de uma família de italianos e húngaros, enquanto seu pai, Chris Frangipane, é afrodescendente, por isso ela declarou à Playboy que tem orgulho de “estar numa família birracial”. “Eu me passo por branca. Aceitei isso sobre mim e nunca tentei controlar nada sobre cultura negra que não é minha”, explicou. “[Tenho] Orgulho de ser quem sou e orgulho do meu cabelo. Eu sou metade negra. Meu pai gerenciou uma concessionária de automóveis, usava um terno para trabalhar, teve um bom relógio, sempre barbeado, bonito, jogou golfe nos fins de semana. E as pessoas vinham até ele, ‘E aí, meu irmão! O que tá pegando?’ E meu pai ficava, ‘Oi …’.”
Ao falar sobre o racismo nos Estados Unidos, a cantora de 22 anos falou que “a culpa branca é engraçada”, e que atualmente vivemos um momento “muito difícil para os brancos que são contra o racismo”. “As pessoas não querem fazer muito, mas querem fazer o suficiente. Na minha bolha de Los Angeles, estou cercada por muitas pessoas boas e com ótimas intenções. Mas, como eu descobri nessa última eleição, minha bolha é só uma pequena fração de como esse país funciona”, disse a cantora à Playboy, completando: “Essa é a minha maior frustração em relação à percepção do público a qualquer tipo de ativismo: a mentalidade do ‘Bem, isso não me afeta’. Abram seus olhos, p****!”.