Hailee Steinfeld sobre Bumblebee: “garotas podem gostar do que quiserem”
A atriz estrela Bumblebee, filme da saga Transformers que chega aos cinemas em 25 de dezembro
Com Bumblebee, Hailee Steinfeld dá uma virada na franquia Transformers e na sua própria carreira. A série sobre robôs que se transformam em carros ganha um coração com o novo filme, dirigido por Travis Knight, em que Hailee interpreta Charlie, uma adolescente dos anos 1980 que sofre com a perda do pai e se dedica ao hobby que faziam juntos: consertar carros. Numa dessas, ela acaba topando com um Fusca amarelo abandonado, que, claro, é o robô adormecido que veio se esconder na Terra depois de uma guerra em seu planeta. Charlie e Bumblebee acabam salvando um ao outro. A atriz e cantora também contribuiu com uma faixa para a trilha sonora, Back to Life.
Em uma conversa com a CAPRICHO em Los Angeles, Hailee falou sobre o Brasil, o filme e seu álbum, que, acredite se quiser, finalmente vai sair! Vem ver.
CH: Antes de tudo: você tem planos de ir ao Brasil?
HAILEE: Ah, eu adoraria! Só ouvi coisas boas do país. Sei que muitos dos meus fãs são de lá. É tão surreal para alguém que nasceu e cresceu não muito longe daqui (dos Estados Unidos) pensar que tem fãs lá no Brasil. É uma honra. Mal posso esperar por encontrá-los um dia e compartilhar meus filmes ou minha música com eles. Quem sabe eu não faça uma turnê? Espero que aconteça logo!
CH: Em Bumblebee, sua personagem, Charlie, é uma adolescente que curte carros. Acha que ela está de acordo com suas músicas, que sempre falam de girlpower?
HAILEE: Interpretar uma garota que gosta do que ela gosta, algo que as pessoas não necessariamente acham que uma menina pode curtir, diz muito. E não é que ela apenas goste de carros, ou de consertá-los ou de dirigi-los, mas ela realmente tem conhecimento sobre eles. Foi incrível fazer uma personagem feminina jovem que é forte, corajosa, inteligente e capaz de tudo. E o fato de ela gostar do que gosta não a torna menos atraente ou inteligente ou forte. É apenas quem ela é. E isso é muito legal.
CH: Este filme é bem diferente dos outros da série Transformers…
HAILEE: Sim, era importante para Travis (Knight, o diretor) e eu que o relacionamento de Charlie e Bumblebee tivesse emoção, humor e fosse leve. Temos dois personagens tentando encontrar sua voz –literal e figurativamente. Os dois estão perdidos, confusos e feridos. Eles não sabem a que lugar pertencem, não sabem em quem confiar e encontram um ao outro, o que resulta numa bela amizade.
CH: Também é legal a maneira como o filme lida com o possível relacionamento de Charlie com Memo (Jorge Lendeborg Jr.), o vizinho dela, né?
HAILEE: Sim. Há esse vizinho que está implorando pela atenção da Charlie e que aceita qualquer tipo de conversa. E ela não dá bola para ele, porque está focada e quer terminar o que se propôs a fazer. Nada vai impedi-la. E, claro, Memo acaba se tornando parte da jornada de Charlie. Ela percebe que existem pessoas por aí que são ótimas, que gostam dela como ela é, mas não quer dizer que vai haver um relacionamento amoroso assim, de imediato. E isso é ótimo, porque as pessoas muitas vezes estão em sintonias diferentes mesmo.
CH: É comum que, quando há uma garota perto de carros nos filmes, ela se vista da maneira tradicionalmente sexy, com shortinhos e tal. Não é o caso aqui. Como se sentiu em relação aos looks de sua personagem?
HAILEE: Isso foi muito bom. As personagens femininas da série Transformers são todas especiais e únicas. Embora elas tenham um determinado visual, totalmente diferente do de Charlie, isso não faz de Charlie menos sexy ou cool. Ela apenas tem outras qualidades realçadas, como sua coragem, sua força e seu conhecimento. E estamos vendo isso cada vez mais com as personagens femininas. Foi muito especial interpretar alguém assim.
CH: Teve de estudar sobre carros?
HAILEE: Sim. Meu irmão mais velho, Griffin, é piloto e mecânico de corridas. Ele foi minha Wikipedia, meu Google. Foi ótimo tê-lo no set para perguntar quando eu tinha dúvidas.
CH: Você não viveu os anos 1980. Achou algumas coisas estranhas?
HAILEE: Definitivamente apareceram alguns itens que eu não sabia como usar. Mas foi muito divertido mergulhar no mundo dos anos 1980.
CH: E a música dos anos 1980, que é tão importante no filme, você curte?
HAILEE: Sim! Adoro que a música tenha um papel tão destacado no filme, porque ela faz parte da minha vida. E pude contribuir com a trilha, algo que eu sempre quis fazer. Então mergulhei na música daquele período para que a minha canção fizesse sentido naquela época, mas também não destoasse do meu trabalho hoje. Escrevi Back to Life como se fosse uma carta de Charlie para o pai que ela perdeu. Bumblebee é uma “pessoa” que preenche o vazio que Charlie sente com a morte de seu pai. Ele a traz de volta para a vida – e ela faz o mesmo com ele. Juntos, os dois encontram a felicidade novamente.
CH: E o seu álbum, sai quando?
HAILEE: Faz tempo que estou trabalhando nele, mas vou tirar um tempo agora para terminar o que comecei. Vai sair! (risos)