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Globo de Ouro é acusado de corrupção e Emily em Paris é envolvida no caso

Os membros responsáveis são acusados de receber mimos em troca de nomeações ao prêmio

Por Da Redação Atualizado em 30 out 2024, 17h58 - Publicado em 23 fev 2021, 19h20

Quando o Globo de Ouro anunciou os indicados da 78ª edição do prêmio, muita gente ficou surpresa com a presença da série Emily em Paris na lista, mesmo sendo uma das queridinhas da Netlix. Mas tal reação pode não ter sido ao acaso, como mostrou uma reportagem do Los Angeles Times, em que alega que o comitê de votação teria sido influenciado a indicar a produção a partir de alguns mimos, como viagens. Ih, gente…

Segundo a reportagem, mais de 30 membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA em inglês), foram levados de avião para visitar o set de filmagens da série na França em 2019. A Paramount Network, desenvolvedora do seriado, teria dado ao grupo duas noites no hotel cinco estrelas Peninsula Paris, onde os quartos chegam a custar cerca de US $ 1.400, o que equivale a R$ 7.652, por noite.

“Eles nos trataram como reis e rainhas”, disse um membro do comitê que participou da visita ao set. O problema é que, segundo o jornal, as regras da HFPA proíbem os membros de aceitar presentes no valor acima de US $ 152 de estúdios ou produtores.  

A associação respondeu à reportagem dizendo que “controla vigorosamente suas políticas em torno das vantagens que seu grupo recebe”, e que, apesar de seus membros receberem estadias em hotéis, viagens e outros mimos, “o grupo paga sua própria passagem aérea para viagens no exterior e aplica estritamente sua política em relação a presentes, que foi atualizada no final de 2019”. Representante da Paramount e da Netflix não quiseram se manifestar. 

Emily em Paris recebeu duas nomeações ao Globo de Ouro, nas categorias “Melhor Série de Comédia ou Musical” e na de “Melhor Atriz de Série de Comédia ou Muscial” com Lily Collins. A primeira indicação gerou algumas indignações porque a série, apesar de aclamada no streaming, não agradou muito a crítica.  Até mesmo uma das roteiristas do programa, Deborah Copaken, comentou sobre o caso em um artigo ao The Guardian. Nele ela diz que ficou chocada pelo fato de um programa sobre “uma branca americana vendendo luxo branco” ter sido nomeado na premiação, enquanto a aclamada série da HBO, I May Destroy You, que trata de questões de estupro, raça e classe, foi deixada de lado. 

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Um membro da HFPA comentou que a nomeação da série levanta a questão da credibilidade do grupo. “Houve uma reação real e com razão – aquele programa não pertence a nenhuma lista de melhores de 2020”, disse à reportagem.

 

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