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Giu Domingues fala de Sombras do Sul e representatividade na literatura

A autora também conversou com a CAPRICHO sobre como está sendo interagir com os fãs pessoalmente na Bienal do Livro de São Paulo

Por Anny Caroline Atualizado em 30 out 2024, 15h48 - Publicado em 6 jul 2022, 18h09

Após o lançamento de Luzes do Norte, Giu Domingues sentiu a energia dos fãs pessoalmente na Bienal Internacional do Livro, que está acontecendo em São Paulo.

+ Entrevista: Giu Domingues, autora de Luzes do Norte, relembra inspirações para o livro

Em uma conversa com a CAPRICHO, a autora da fantasia nacional publicada pela Galera Record compartilhou mais sobre a sequência de seu primeiro livro e a importância de termos cada vez mais representatividade na literatura: “Espero que quando eu suba no palco, eu não suba sozinha. Que eu suba carregando as vozes de outros autores que não podem estar lá mas que também frazem parte da sigla e que representam outras identidades”, compartilhou Giu.

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Confira a nossa conversa com Giu Domingues:

CH: Como está sendo receber esse carinho dos fãs pessoalmente na Bienal?

Giu Domingues: É difícil tirar as palavras de uma escritora, mas eu estou sem palavras. Especialmente hoje, que acho que tem pessoas para ver minha mesa, então tem muitos leitores e leitoras minhas aqui, eu dou dois passos e alguém me para pra tirar foto, para conversar. É muito lindo. É uma troca muito impressionante. Acho que depois de ver o livro pronto na mão, essa é a parte mais legal em ter um livro porque quando você escreve, o livro é só seu, mas uma vez que é publicado, o livro é dos outros. Você não vê o que os outros fizeram com aquele pedacinho da sua alma até você olhar no olho de um leitor que fala: “Nossa, eu amei e me identifiquei.”  Você vê que sua alma chegou nessa pessoa. Então, é muito impressionante. É incrível e fico muito feliz.

CH: Quando conversamos da última vez, você ainda não podia contar muito de Sombras do Sul. Agora você pode compartilhar mais sobre o livro? (risos)

G: Posso falar algumas coisinhas! (risos) Ele vai ser lançado ainda esse ano, está chegando perto. O livro foi inspirado em uma viagem que eu fiz para New Orleans, que é uma cidade totalmente diferente do que eu conhecia e Sombras do Sul vai ser totalmente diferente de Luzes do Norte. Para começar, ele se passa em outro lugar, que é uma cidade pantanosa, é muito calor e se passa no verão. Então, não temos a aurora boreal mas temos outros fenômenos naturais. A Dimitria e a Aurora vão nessa jornada em busca de uma coisa que não posso contar o que é! Mas estou muito animada porque expande o mundo que eu criei, expande o relacionamento dos personagens, traz personagens antigos de volta e temos personagens novos que eu gosto muito.

CH: Giu, hoje você vai participar da mesa de “Personagens LGBTQIAP+ em Diferentes Gêneros Literários“. Como está sendo para você?

G: Para mim é um presente. Ter um palco do tamanho da Bienal, que é um dos maiores eventos literários do Brasil, para falar com um público leitor que é engajado. Eu tenho muita noção desse privilégio e espero que quando eu suba no palco, eu não suba sozinha. Que eu suba carregando as vozes de outros autores que não podem estar lá mas que também fazem parte da sigla e que representam outras identidades. Para mim, é muito incrível. Um ponto que eu acho muito importante são autores LGBT falando de outras coisas. Acho que a gente precisa continuar falando sobre representatividade e sobre o que é ser LGBTQIAP+ na literatura, mas meu sonho é ver escritores LGBTQIAP+ falando em mesas sobre tudo! Uma mesa de fantasia, de ficção científica, uma mesa de leitura sensível, de todos os assuntos. Que a gente esteja incluso em tudo. Acho que isso é a verdadeira quebra de preconceito.

CH: Você teve algum comentário ou interação com fãs que te marcou bastante?

G: Tivemos um encontro com parceiros, então era fechado, mas tinha uma fã do lado de fora que queria muito falar comigo, então deixaram ela entrar. Ela veio me abraçar e sabe quando a pessoa te abraça e não solta? Eu a abracei de volta porque, para mim, esse momento é muito especial. Ela começou a chorar no meu colo e eu pensei: “Meu Deus, o que eu fiz para merecer esse carinho? Eu não sei o que fazer com tanto carinho.” Eu só espero ser digna de tanto carinho!

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E você é, Giu! <3 Vale lembrar que autora estará na Bienal para participar de mais mesas ao longo da semana e, em breve, esperamos conferir Sombras do Sul!

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