Garotos do Tokio Hotel falam sobre a vida de rockstar
A banda alemã prova que existe atitude e bom rock? n? roll em qualquer canto do mundo
Meu telefone toca e recebo uma ligação em alemão, diretamente de Hamburgo. Por alguns segundos, fiquei bem apavorada. Faço entrevistas em inglês a toda hora, mas nesse idioma seria novidade para mim. Ainda bem que alguém na linha me tranqüiliza ao se identificar como a tradutora de português-alemão. Ufa! Só assim ficaria fácil conversar com Tom Kaulitz, guitarrista da banda Tokio Hotel.
Ao lado de seu irmão gêmeo, Bill, o vocalista escândalo, ele comanda a banda que vendeu mais de 3 milhões de CDs e DVDs só na terra natal deles. Durante a entrevista, Tom foi bem simpático e deixou escapar que é pegador. De quebra, revelou o desejo de vir ao Brasil e, claro, conhecer de perto as brasileiras. Ele falou comigo direto de um estúdio da Alemanha, onde eles estão gravando seu terceiro álbum.
Vocês tocam desde criança. Como conciliavam escola e música?
No começo, era mais fácil para mim e pro Bill. Fazíamos shows só nos fins de semana. Então era tranqüilo freqüentar o colégio. Ao mesmo tempo, era engraçado porque nós tínhamos 11, 12 anos e tocávamos em lugares em que a maioria do público tinha mais de 30! Só que, com 15 anos, lançamos nosso primeiro single, Durch den Monsun (em português Através dos Ventos), e foi um sucesso aqui na Alemanha. A partir daí, ir à escola ficou realmente difícil. Optamos por estudar a distância. Acabamos de concluir o ensino médio.
Você e seu irmão são gêmeos idênticos, mas têm um visual bem diferente. É proposital?
Não é nada de propósito. Na verdade, até os 6 anos de idade, usamos a roupa e o cabelo idênticos! Se você vir nossas fotos, vai perceber que, com o passar dos anos, nosso estilo foi ficando naturalmente distinto.
Como é ser um rock star?
As coisas mais gratificantes para a banda são tocar ao vivo, viajar em turnê e ver nossos fãs de perto. E, falando por mim, adoro conhecer todas as cidades do mundo e transar com todas as mulheres bonitas também. (risos)
Você é pegador? Já ficou com fã?
Faz algum tempo que eu não engato um namoro sério. Geralmente, o que rolam são as ficadas de uma noite só. Mas, respondendo sua pergunta: sim, eu gosto muito de ficar com fãs. (risos)
Dá tempo de conhecer as cidades em que vocês se apresentam?
Falta tempo para ver tudo o que eu gostaria nas cidades por onde passamos. Mas vou ficar bem feliz se tiver tempo para conhecer o Brasil quando o Tokio se apresentar aí.
Qual foi o lugar mais legal em que vocês já fizeram um show?
Isso é bem difícil de responder. Todos nós, da banda, adoramos cidades grandes. Gostamos muito de Nova York, Los Angeles e Moscou – que é uma cidade maravilhosa para se divertir. Assim como gostamos de Paris, Roma e tantas outras. É realmente difícil escolher um lugar só.
Vocês gravaram em inglês e alemão. Qual idioma preferem?
Em inglês ou alemão, as músicas têm a essência do TH. O importante é o sentimento na hora de cantar. No começo, foi um pouco estranho pra gente cantar em inglês, mas agora é mais normal.
O que você sabe sobre o Brasil?
Não sei muita coisa. Por isso, quero muito ir ao Brasil e formar minha própria imagem. Ouve-se bastante sobre o carnaval, claro. Tenho uma enorme vontade de ver essas mulheres lindas das quais a gente escuta tanto falar. Além do mais, sabendo que elas quase não usam roupas! (risos)
Vocês pretendem vir para cá?
Claro que temos planos de ir ao Brasil! Só não temos datas específicas ainda. Mas de qualquer maneira nós vamos até aí tocar ao vivo. É só esperar!
Quais são os planos do Tokio?
Então, vamos lançar nosso terceiro álbum de estúdio, que será gravado em alemão e inglês. É por isso, inclusive, que estamos aqui, em Hamburgo. Em agosto vamos fazer uma turnê nos EUA. Espero em breve tocar aí também.