O CD de Felipe Dylon, 16 anos, mal chegou às lojas e ele já é quase um popstar! A prova disso foi a tarde de autógrafos que ele fez no começo do mês, num shopping de São Paulo.
Mais de 400 meninas deram trabalho aos seguranças porque não iam embora nem depois de ganhar beijo e autógrafo do Felipe. No final, elas descobriram a garagem em que o carro dele estava e correram para cercá-lo. Felipe correu mais que elas para conseguir escapar a tempo. Em outra sessão de autógrafos, desta vez no Rio, ele ficou impressionado quando viu que o copo em que bebia água estava sendo disputado por uma dezena de meninas. Uma delas pediu a cueca dele de recordação. “É sinal de que estão gostando do meu trabalho. Mas não entendo, sou um cara normal”, diz ele.
O site de Felipe [www.felipedylon.com.br] já tem mais de 10 mil meninas cadastradas e recebe, em média, 250 mensagens por dia. “Em alguns estados minha música nem toca ainda nas rádios, mas as meninas já sabem quem eu sou”, diz ele. “Tem garota de Portugal me escrevendo.”
Apesar do assédio, Felipe está solteiro – pelo menos é o que ele diz. Até hoje só teve uma namorada, aos 12 anos, e o relacionamento só durou um mês. “Hoje não sobra tempo para namorar”, explica. “Mas vale a pena. Cantar para um monte de gente é uma das melhores sensações que já senti na vida.” Não poderia ser diferente para quem, desde muito pequeno, sonhava em cantar e tocar guitarra. “Até fui convidado para fazer Malhação, mas não me interessei. Quero cantar e tocar o resto da minha vida.”
Felipe tinha só 10 anos quando montou a primeira banda com os amigos do colégio. Os ensaios aconteciam na casa do baterista. “A gente só tocava até as 10 da noite, mas os vizinhos reclamavam o dia inteiro.” Com 11 anos, ele fez o primeiro show, mas a alegria durou pouco. Um ano mais tarde, a banda acabou. O baterista queria mais tempo para pegar onda e o baixista para jogar futebol. Felipe seguiu em frente e começou a cantar e tocar com profissionais. “Os caras que tocam comigo são mais velhos, mas me respeitam.”
Nesta trajetória, Felipe sempre teve o apoio da família. O pai, que também se chama Felipe Dylon, mas é chamado de Lipe, cuida da agenda do filho e o acompanha em todos os compromissos. “Ele sempre esteve por perto, mas moro só com a minha mãe, que é atriz e bailarina. Meus pais se separaram quando eu tinha 2 anos”, conta o mais novo popstar carioca.
Surfista todo dia
Só tem outra coisa na vida que Felipe gosta tanto de fazer quanto cantar e tocar guitarra: surfar. “Surfo desde os 6 anos. Hoje, fui à praia às 5h da manhã, antes de ir para a escola”, conta ele, assim que chega ao estúdio para fazer as nossas fotos, com uma enorme mochila nas costas, uma prancha de surfe na mão e o pai do lado. Foi a deixa para a fotógrafa sugerir que ele fosse fotografado na praia. Felipe topou na hora, mas antes trocou de camisa na nossa frente, deixando o tanquinho à mostra. “É resultado do surfe”, explicou. “Pegar onda é o único esporte que eu pratico, não faço outra coisa na vida.”
E precisa?
Joanna, da Galera, é fã de Felipe e foi junto na entrevista com ele. Joanna, claro, quis saber se ele ficaria com uma fã. “Por que não?”, respondeu ele. “Uma vez, ia dar um beijo no rosto de uma e ela me beijou na boca. Ela era bonitinha. Quis pedir o telefone, mas as outras não iam gostar!”, conta Felipe.