Se você é daqueles que se acha médico só porque assistiu às 14 temporadas de Grey’s Anatomy, cuidado! (rs). Um estudo da revista de medicina Trauma Surgery & Acute Care Open provou que a série dá a impressão errada de como os traumas são tratados na realidade.
Para realizar o estudo foram comparados os tratamentos de 290 pacientes fictícios da série aos traumas reais de 4.812 pacientes de um banco de dados nacional dos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, a taxa de morte foi três vezes maior em Grey’s Anatomy do que na vida real (22% contra 7%). A velocidade com que os pacientes se curam no Grey Sloan Memorial Hospital também é bem mais rápida do que acontece aqui no ~nosso mundo~. Na série, 50% dos pacientes em estado grave são liberados em menos de uma semana após o trauma/acidente, enquanto na vida real, isso acontece somente com 20% dos internados.
Outras diferenças importantes dizem respeito ao fato de que, na série, 71% dos pacientes vão da unidade de emergência diretamente para a sala de cirurgia, enquanto que isso só acontece com 25% dos pacientes reais.
“Apesar de o realismo ser um elemento importante para o sucesso de uma série dramática em um ambiente de trabalho contemporâneo, como um hospital ou uma delegacia de polícia, os requisitos para o efeito dramático se concentram no excepcional, e não no comum”, dissera os autores do estudo, do Hospital St. Josephs, em Phoenix, no Arizona.
Resumindo, a série se baseia em acidentes raros e doenças menos comuns para dar mais dramaticidade à trama, chamando assim mais atenção do público. Por isso, o Ministério da Saúde CH adverte: não se baseie em tudo o que você verá na TV. Hehe.