Entenda porque a fala de Billie Eilish em show foi considerada racista

Nas redes socias, as pessoas problematizaram a situação em que a cantora fala que se identifica com uma plateia "muito branca"

Por Rômulo Santana Atualizado em 29 jul 2025, 18h14 - Publicado em 29 jul 2025, 18h07
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lgumas das últimas falas de Billie Eilish não caíram bem. Em um dos últimos shows da Hit Me Hard and Soft: The Tour na Irlanda, a cantora afirmou que gosta de tocar para plateias parecidas como ela, com ênfase na palavra “muito” somada ao adjetivo “branco”. A declaração foi rapidamente interpretada como racista.

Nas redes sociais, pessoas debateram as declarações da artista. Há quem enxergue que o contexto foi problemático, por isso as falas soaram ofensivas. Bem como tiveram fãs que a defenderam, dizendo o que foi dito por ela foi tirado do contexto.

“É muito legal estar aqui, porque sou irlandesa. Todo mundo aqui se parece comigo, tipo muito, muito, muito, muito, muito branco”, disse a cantora no vídeo.

Em novembro de 2021, The Iris Post, já havia publicado um texto que investigava a ancestralidade da cantora. Segundo o periódico irlandês, a ascendência afirmada por Eilish fica evidente em seu nome: Billie Eilish Pirate Baird O’Connell.

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“Tudo ali é tão irlandês quanto um duende comendo um pacote de Tayto”, diz a publicação, referindo-se à um salgadinho tradicional do país.

Billie Eillish e frustração dos fãs brasileiros

A repercussão aqui no Brasil ainda foi mais intensa porque alguns fãs já estão frustrados com a cantora por outro motivo. Ela teria desistido de realizar dois shows em São Paulo, por conta da capacidade do Estádio MorumBIS, que acomoda até 67 mil pessoas.

A produtora do evento e a artista teriam se desentendido justamente na etapa de escolha do local. Isso porque Billie deseja manter o padrão intimista da turnê — que está sendo realizada em arenas com capacidade para até 30 mil pessoas. Sendo assim, Eilish optou por não voltar ao país, pelo menos por enquanto.
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As falas sobre gostar de ver um público parecido com ela pegaram mais mal ainda nesse contexto, já que aqui a é majoritariamente miscigenada e negra.

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Os fãs da artista responderam à questão apontando que ela é uma aliada na luta contra o preconceito. Eles relembraram do apoio dela ao movimento Black Lives Matter em 2020.

Nessa época, a artista chegou a comparecer em protestos após o assassinato de George Floyd por um policial da cidade Minneapolis, nos Estados Unidos. 

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