Retornar ao deserto para sequência de Duna foi uma experiência eletrizante. Nesta quinta-feira (29/2), a continuação do longa inspirado no livro de Frank Herbert chegou aos cinemas com mais cenas de ação e visuais de tirar o fôlego. Estrelado por Timotheé Chalamet e Zendaya, o filme acelerou o ritmo da narrativa em contraste com seu antecessor, entregando uma adaptação emocionante e detalhista para os leitores que aguardavam empolgados pela Parte 2 da produção.
O novo capítulo da épica saga acompanha os personagens nos momentos após o fim do primeiro filme e os minutos iniciais servem como uma espécie de ambientação, tanto para o público quanto para Paul Atreides e sua mãe, Jessica (Rebecca Ferguson), que são imersos na cultura dos Fremen. Em uma narrativa repleta de referências bíblicas e movimentos políticos, o protagonista de Timotheé precisa aprender a ser parte do deserto e usá-lo a seu favor para derrotar inimigos, mas os constantes sonhos e visões continuam o atormentando nessa trajetória.
Já Jessica está grávida de uma menina e assume uma posição de poder ao se tornar Reverenda Madre. É assim que ela embarca em uma missão que tem como objetivo propagar uma crença inquestionável na profecia em nome de seu filho. Enquanto isso, o ritmo da história se acelera cada vez mais na medida em que Paul aumenta suas habilidades e luta contra inimigos que ameaçam a existência dos Fremen.
No papel principal, Chalamet entregou uma performance eletrizante na jornada de desenvolvimento de Paul, que passa por triunfos e conflitos internos até se tornar Muad’Dib – uma verdadeira lenda temida no deserto. Mas ele não chegaria onde chegou sem Chani ao seu lado.
A personagem de Zendaya, que não havia aparecido tanto no primeiro filme, teve muito mais espaço para brilhar na sequência. Na trama, ela enfatiza o quanto é consistente e forte, lutando pelo que acredita do início ao fim, mesmo quando se vê dentro de um contexto em que o fanatismo cego se espalha ao seu redor. Juntos, os atores souberam bem como trabalhar a química entre Paul e Chani, destacando a parceria intensa que os conecta.
Outro nome que chama atenção é Javier Bardem como Stilgar, que traz momentos de alívio cômico com excelência, ainda mais dentro de um filme intenso e que não tem tanto espaço para comédia como é o caso de Duna. Por outro lado, o papel do ator também serve como um dos pilares para o desenvolvimento do conflito iminente da história, abordando a crença do povo em Paul ser o escolhido da profecia.
Na medida em que vemos a crescente força do protagonista e como ele se adequa aos costumes ensinados, também conhecemos novos nomes que farão parte do futuro da saga. Florence Pugh tem rápidas aparições, mas consegue mostrar a determinação da princesa Irulan em manter a posição de comando sua família, mesmo que isso tenha um custo alto para ela e para seu pai, o imperador Shaddam IV, vivido por Christopher Walken.
Já Austin Butler precisou entrar na mente complexa de Feyd-Rautha. Brutal, ele é guiado pela sede de poder e violência, permitindo que o público também conheça ainda mais sobre o comportamento autoritário dos Harkonnen após o personagem ser encarregado de aumentar a captação de especiarias em Arrakis através da eliminação dos Fremen.
Em locações que variam entre Budapeste, Abu Dhabi, Jordânia e Itália, a parte 2 de Duna mostrou, mais uma vez, visuais incríveis em cenas de ações ainda mais dinâmicas. Combinadas com figurinos, caracterização e uma trilha sonora marcante, as sequências emocionantes formam uma imagem impactante para o público.
O roteiro do filme é grandioso ao adaptar um livro composto de detalhes e reflexões sobre a própria sociedade, destacando o acerto na escolha do elenco, que mergulha intensamente em cada personagem. Concretizando a visão de uma guerra santa travada no nome de Paul, Denis Villeneuve ainda ressalta as dualidades de Duna ao explorar um enredo repleto de camadas que vai impressionar as salas de cinema.
Duna: Parte 2 está em cartaz nos cinemas.