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Dubladores brasileiros de Kung Fu Panda 4 destacam amadurecimento de Po

Em entrevista exclusiva, Lúcio Mauro Filho, Taís Araújo e Danni Suzuki nos revelaram quais são as expectativas para o novo filme da franquia

Por Arthur Ferreira Atualizado em 21 mar 2024, 17h04 - Publicado em 21 mar 2024, 16h58

Os fãs de Kung Fu Panda já podem comemorar: o quarto filme da franquia chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (21/3). Lançado oito anos após o terceiro longa, Kung Fu Panda 4 acompanha o icônico panda, Po, em uma nova aventura: descobrir quem será o próximo Dragão Guerreiro, já que agora ele terá que assumir o posto de líder espiritual do Vale da Paz. Na dublagem brasileira, Lúcio Mauro Filho retorna para dar voz ao personagem acompanhado de duas adições ao elenco: Danni Suzuki, que interpreta a rebelde Zhen, e Taís Araújo, que dá voz a grande vilã Camaleoa.

Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, os dubladores de Kung Fu Panda 4 nos revelaram quais as expectativas para o novo filme da franquia. Para Lúcio, retornar ao papel foi um “grande alívio” e agradeceu o apoio dos fãs, que, assim que souberam que um novo filme do franquia seria lançado, mandaram diversas mensagens perguntando se ele estaria de volta no projeto.

Em Kung Fu Panda 4, nós acompanhamos Po lidando com o fato de ter sido escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. Além de se achar o mestre de kung fu mais improvável (e desastrado) para assumir um cargo como esse, Po também precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro.

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Sobre o desenvolvimento de seu personagem, Lúcio se mostrou curioso para entender qual seria a nova história e como novos elementos poderiam ser acrescentados em uma história que já parecia bem finalizada. “Foi um misto de ansiedade por revisitar o personagem, mas acima de tudo por entender que história seria essa. Depois de três filmes, eu fiquei pensando ‘caramba, o que ainda pode acontecer com o panda’ e aí vem um panda mais maduro, respeitando essa distância de tempo entre um filme e outro”, disse Lúcio Mauro Filho.

“Eu acho que tiveram esse cuidado de trazer um personagem que, afinal de contas, era um fã no primeiro filme, depois vira um aluno, depois vira um mestre, e agora é um cara já querendo descansar e descobrir quem vai levar adiante esse legado. Então acho que é um arco muito interessante. Não só os três primeiros, mas essa renovação no quarto”, continuou o ator.

Após uma trilogia de sucesso, talvez a ideia da Dreamworks seja trazer uma nova saga para a franquia. Sobre a possibilidade de ter mais filmes pela frente, Lúcio afirmou que tem “uma sensação de que terá um quinto”, será que teremos mais filmes de Kung Fu Panda por aí?   

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Para Danni Suzuki, o momento é de uma finalização de ciclo para se abrir novas portas para a franquia: “Eu acho que agora ele encerrou um ciclo de conquistas. Ele recebeu o reconhecimento. Eu acho que é um personagem que há muito tempo vem buscando um reconhecimento do próprio valor e nesse filme ele recebe finalmente esse reconhecimento de todos numa proporção muito grande. Então eu acho que ele encerra um ciclo e abre uma nova porta. Acho que dá para ter o Kung Fu Panda 12, 13…”

Confira um recap da história de Po:

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Na sua busca por um novo Dragão Guerreiro, o destino acaba colocando a ladra Zhen, uma raposa muito perigosa, no caminho de Po. Juntos, eles passaram por altos e baixos em uma relação de parceira. O panda vai precisar da ajuda de Zhen para derrotar a grande vilã, Camaleoa, uma feiticeira maligna que tem o poder de trazer de volta todos os vilões derrotados por Pô do reino espiritual.

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Danni define sua personagem, Zhen, como “uma caixinha de surpresas”. A raposa é uma espécie de anti-herói, que começará sendo uma vilã, se conectará com Po e depois passará por um arco de autoconhecimento ao longo da trama. “Não dá para esperar muita coisa dela, porque ela vai surpreender. E ela surpreende algumas vezes até o final. Ela me surpreendeu bastante e eu caí na dela diversas vezes”, disse Danni.

“A gente fica torcendo para ela acertar e termina o filme sem eu saber, na verdade, o que que vai acontecer com ela daqui para frente. Então eu acho que não dá para esperar muito não, tem que ir vivendo. Ela é uma personagem para você ir vivendo”, continuou a atriz.

Taís Araújo precisou dar voz para uma personagem malvada e sem pudor, que trará a magia para tentar canalizar o poder de outros mestres de kung fu. “Podem esperar muitos golpes. Golpe atrás de golpe. Ela vai dando golpe do início ao fim até ela não conseguir e não ter mais força, literalmente, para dar golpes. Todos os vilões voltam porque a característica maior de um camaleão é se camuflar. Então ela usa disso e vai se transformando.”

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Lúcio compartilhou com muito humor que uma das maiores dificuldades para dublar o novo projeto diz respeito á uma das características da vilã. “Ela é transmorfa. Você imagina para o dublador querer falar isso com a naturalidade. Não é uma palavra que a gente usa no dia a dia, né? A dublagem, às vezes, traz essas coisas. E aí eu carrego para a vida agora. Quando a pessoa começou a ficar diferente eu já vou falar: Transmorfou!”.

Já imaginou ter esse poder de “transmorfar” em qualquer pessoa, assim como a Camaleoa? Tentando imaginar essa possibilidade na vida real, Lúcio e Taís disseram que se transformariam em alguém detestável que tenha bastante poder, na tentativa de reverter alguma ação que prejudicasse o mundo e o meio ambiente. Eu acho que eu ia tentar me transformar na pior pessoa possível que temos por aí, são muitas né? E tentar impedir algumas coisas. Me transmorfar e fazer vários telefonemas, apertar algum botão, tentar fazer alguma coisa”, respondeu Lúcio. Eu também. Para fazer a pessoa mudar de ideia! Acabar com alguma coisa que não vale, que pode acabar com a humanidade”, complementou Taís.

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Suzuki pensou por outro lado, um pouco mais irreverente: “Eu tenho uma certa curiosidade com o além. Eu acho que eu queria me transformar num Gasparzinho, alguma coisa assim. Para poder viajar para o outro lado e ver como é o negocinho ali e depois voltar e contar para a galera ‘olha eu fui lá, passei para lá, voltei’, acho que eu seria um fantasma”.

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Quando perguntados sobre qual características de seu personagens eles mais se identificam, Taís não hesitou em responder que seria a ação de se camuflar e mudar o visual, assim como um camaleão. Já Lúcio trouxe o bom humor de Po à tona como uma semelhança com sua personalidade: “não me levar a sério, porque eu acho isso importantíssimo para qualquer ser humano. Principalmente para os artistas, celebridades e pessoas que experimentam a fama. Eu acho que o Pô tem essa característica, ele não se leva a sério e tá sempre zuando. O Lucinho também tem um pouco disso.”

Danni escolheu a intensidade e assertividade de Zhen para se definir: “ela toma decisões, e quando ela toma a decisão, ela arrisca para ver qual é. Eu acho que eu sou muito parecida com ela. Quando eu decido uma coisa, eu vou ver qual é mesmo, mergulho muito profundo naquilo e se não for, tudo bem. Ela toma decisão e vai, ela nunca vai meia bomba, sabe?”, concluiu.

Kung Fu Panda 4 já está disponível nos cinemas brasileiros. Confira a programação de sua cidade.

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