De covers no YouTube ao hyperpop intimista: a trajetória de Chloe Moriondo
Artista que começou com covers no YouTube hoje entrega álbuns conceituais e hits com milhões de streams

ntes de assinar contrato com gravadora, subir em palcos internacionais ou estourar em séries como Heartstopper, Chloe Moriondo já encantava muitos fãs fazendo covers de artistas como Radiohead, Daniel Caesar e McFly direto do quarto em Detroit, nos Estados Unidos.
Com voz doce, letras confessionais e uma estética que mistura o indie pop ao bedroom pop, e às vezes até flerta com o hyperpop, a cantora e compositora de 22 anos é hoje uma das vozes mais interessantes da nova geração pop alternativo.
Chloe criou seu canal no YouTube em 2014, quando ainda era criança, e conquistou mais de 3 milhões de inscritos com vídeos caseiros e performances intimistas. O primeiro álbum veio de forma independente em 2018, Rabbit Hearted., seguido pelo EP Spirit Orb, em 2020.
Mas foi em 2021 que seu nome começou a circular com mais força: Blood Bunny, seu primeiro disco por uma grande gravadora, traz os hits Girl on TV, Bodybag (apresentada no Jimmy Kimmel Live!) e principalmente I Want To Be With You, que ganhou fôlego extra ao entrar na trilha da série Heartstopper e hoje acumula mais de 45 milhões de streams no Spotify.
Desde então, Chloe não parou. Ela lançou ainda o EP puppy luv, uma edição deluxe de Blood Bunny e, em 2022, o álbum SUCKERPUNCH, mergulhado em distorções, ironia e melodias afiadas. No mesmo ano, chegou a abrir os shows da turnê de mxmtoon pela América do Norte. Sua trajetória ao vivo, porém, também teve tropeços: a turnê europeia foi cancelada no fim daquele ano.
Artista de muitos sentimentos e experimentações, Chloe participou de colaborações como 12 Fractures, ao lado do Pierce The Veil, e contribuiu com a faixa September para o jogo Life Is Strange: Double Exposure. Mas foi em março de 2025 que ela entregou seu projeto mais pessoal: oyster, quarto álbum de estúdio, lançado pela Atlantic Records.
Com títulos como shoreline, abyss e 7 Seas, o disco mergulha na temática oceânica para dar conta de um turbilhão emocional, especialmente após o que a artista descreveu como o “pior término da sua vida”. Ela escreveu parte do álbum entre Londres e Los Angeles e se envolveu profundamente em todas as etapas criativas, do som à estética visual.
“Me senti como uma tartaruguinha tentando alcançar o mar sozinha pela primeira vez”, disse Chloe em entrevista à Billboard. Em faixas como Hate It, Raw e Siren Calling, ela combina vulnerabilidade e ironia, costurando experiências de perda, crescimento e recomeço com a sensibilidade que sempre foi sua marca.
Ao longo dos anos, Chloe também compartilhou aspectos de sua identidade de forma aberta nas redes sociais. Já se identificou como lésbica, depois explicou que não se sentia mais confortável com esse rótulo. Também se descreve como não binária e, ao mesmo tempo, “só uma garota”.
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