Coragem e honestidade foram essenciais para novo álbum de Freya Ridings
Conversamos com a cantora sobre seu mais novo disco e inspirações na música
Freya Ridings está conquistando cada vez mais espaço no cenário musical. A cantora de 29 anos nasceu em Londres, no Reino Unido, e acaba de lançar seu segundo álbum de estúdio, intitulado Blood Orange.
Em conversa com a CH, Freya contou que seu amor por escrever canções veio de seus pais, que são atores mas levam a música como uma grande paixão. “Um dia eu comecei a tocar piano com minha mãe e, no ano seguinte, comecei violão com meu pai, e fiquei meio: ‘Eu realmente amo isso’”, recordou a cantora.
Foi assim que ela passou a se expressar através de músicas que escrevia: “A composição se tornou essa âncora para mim, totalmente, para todas as tempestades na minha vida, ela estava ali por mim. E foi isso. Tem sido um relacionamento muito longo de amor desde então.”
Inspirada por grandes nomes da música, Freya contou que Adele, Amy Winehouse, Florence and The Machine, Taylor Swift e Beyoncé são algumas das artistas que realmente “conversam com seu coração” quando o assunto é composição. “Elas me influenciam além das palavras”, declarou.
E o fator que Ridings tanto admira nas cantoras se mostra um ponto de destaque no desenvolvimento de seus próprios projetos: “O meu primeiro álbum capturou os 10 primeiros anos da minha vida e esse álbum mostra os últimos três. Coloquei tanto amor, coragem e me mostrei superando coisas que me assustavam muito.”
Blood Orange
Vivendo a emoção de lançar seu segundo álbum de estúdio, o Blood Orange, Freya compartilhou como a ideia inicial para o disco surgiu: “Eu tinha essa visão, eu realmente queria que o álbum fosse inspirado nos anos 1970.”
Por isso, a cantora queria que grande parte do projeto fosse produzida através de uma instrumentação mais orgânica, acústica, mas viu isso como um desafio, já que muitos produtores não queriam trabalhar dessa forma.
”Eu só queria ter muitos instrumentos reais e isso é difícil hoje em dia”, explicou ela. “Encontrei aqueles [produtores] que trabalhariam assim e foi muito colaborativo. Me senti muito sortuda por conseguir encontrá-los.”
Durante esse processo, Freya ainda teve a chance de desenvolver ainda mais sua técnica de composição ao trabalhar ao lado de outras mulheres que a incentivaram a usar a coragem e a honestidade como principal fonte de motivação.
”Achei isso tão libertador, poder trabalhar com outras mulheres escritoras. E elas são tão talentosas e realmente me empoderaram para dizer as coisas mais estranhas e loucas que eu queria dizer”, destacou ela. Entre os aprendizados, mostrar seus reais sentimentos sem medo foi um dos mais importantes para Freya.
”[Elas também mostraram como] ser corajosa e conversar sobre meus relacionamentos, sendo mais aberta e brutalmente honesta, mais do que já havia sido antes, enquanto fazia disso musicalmente o que eu queria que fosse”, ressaltou ela ao relembrar o processo criativo de escrita do disco.
”Tinham tantos níveis. Eu estava tentando ser corajosa em todos eles e se eu sentisse medo, era só correr na direção dele”, completou a cantora.
Weekends
Escolhida como single, Weekends foi uma das músicas que mostrou esse lado totalmente honesto de Freya ao descrever a sensação de estar rodeado por pessoas, mas ainda assim se sentir sozinha de alguma forma.
”Escrever essa canção realmente me ajudou a me sentir empoderada por essa solidão. Acho que antes costumava ver com uma sensação de pânico quando não tinha pessoas perto de mim”, disse ela.
A cantora contou que, ao passar por um término, não conseguiu pensar em uma pessoa para ligar e conversar, mostrando o impacto disso na canção: “Meu objetivo era dizer algo que me assustava muito dizer.”
A música chegou a ser a favorita da cantora por um tempo, mas com o lançamento do disco, suas preferidas mudam de acordo com os momentos que vive, escolhendo Face in The Crown e I Feel Love como suas preferidas do momento.
Blood Orange, de Freya Ridings, já está disponível nas plataformas digitais.
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