Na abertura da 34ª edição do MTV Video Music Awards, o famoso VMA, uma Katy Perry “recém chegada” do espaço atirou longe o jornal com a notícia de que o mundo estava pegando fogo. O menino que agarrou as páginas do The National Times estava ao meu lado. O carro da P!nk sobrevoou minha cabeça e peguei algumas notas do dinheiro fictício que ela atirou. Ajudei a acalmar a fofa Millie Bobby Brown, a Eleven de Stranger Things, que apresentou o prêmio de Artista do Ano. Ela tremia de nervoso e a plateia deu o maior apoio! E não contem para ninguém, mas a Bebe Rexha espiou o envelope antes de anunciar Khalid como o artista revelação do ano. Ops!
Não, eu não sou parente de celebridade, nem consegui algum tipo de acesso privilegiado para ficar no “pit”, a área em volta do palco do VMA, junto com aquela galera animadíssima que você vê na TV. Todos ali são gente como a gente e, o melhor de tudo, não pagaram um centavo para testemunhar tudo de pertinho. Ok, vou parar com o mistério. O segredo está na agência 1iota, que fornece acesso exclusivo a eventos especiais, além de gravações de seriados e talk shows. Aliás, fica a dica para quem pretende visitar Los Angeles: vale criar uma conta e ficar ligada na agenda de atrações, que incluem as gravações do The Voice, por exemplo. Mas isso é assunto para depois.
Voltando ao VMA, existem duas principais formas de ir ao evento de graça com o 1iota: como “seat filler”, o que significa que você irá ocupar o lugar de algum artista quando ele precisar se ausentar (celebs também vão ao banheiro!); ou como “pit fan”, que são as pessoas que ficam de pé ao redor do palco, com a melhor vista de tudo (é sério, na TV talvez não dê para perceber, mas o lugar é gigante e algumas cadeiras ficam beeeeeeeeem longe). Tudo é feito através de sorteio, assim como as outras atrações para as quais a agência fornece ingressos. Algumas semanas antes do evento, o site lança a inscrição online, você se cadastra e aí… TORCE PARA DAR CERTO!
Preparar, apontar… Perrengues! (Que valem cada segundo)
Se você conseguir o ingresso (e isso vale para outros eventos também, viu?), parabéns! Vai ser incrível, mas prepare-se para encarar alguns perrengues. Afinal, infelizmente você ainda é gente como a gente. O principal deles é não poder levar o celular. Sim, nada de fotos, snaps, live no Twitter, mas especialmente nada de Uber e ligações telefônicas. Isso significa que você precisa planejar direitinho como vai se deslocar até o local, para evitar dores de cabeça na saída. Se você não dirige, o ideal é marcar um ponto de encontro com alguém para irem te buscar ou apelar para o bom e velho mapa. Algumas pessoas imprimem o itinerário de transporte público, bem old school. E, antes que você pense que existe um jeitinho de entrar com o celular, vou ser sincera. Existir, até existe, mas você realmente quer arriscar perder um evento desses por causa do aparelho?
Celulares abandonados, vamos à fila. E que fila! Para o VMA, o recomendado era chegar até as 14h30 – lembrando que o evento estava marcado para começar às 17h, no horário local de Los Angeles. Levei cerca de uma hora e meia até entrar, de fato, na arena The Forum, boa parte do tempo sob sol forte californiano. Tudo isso vestida e maquiada como se estivesse indo para a balada. Isso porque recebemos um guia com o que vestir e, se considerarem que você está fora do padrão, você é barrada no baile. Mas não precisa apelar. Muitas meninas apostaram no salto alto, o que deve ser uma tortura considerando o longo período em que devemos ficar em pé. Um vestido bonito, ou uma blusinha e saia, com sapatilha ou sapato fechado, é mais que o suficiente.
No período de espera, a equipe da agência fornece água, e só. O que leva a outra dica: faça uma boa refeição antes do evento. Embora não seja oficialmente permitido, dá para entrar com uma barrinha de cereal e comê-la discretamente em algum intervalo, mas o ideal é estar com o estômago forrado para encarar a maratona. E que maratona! Ao todo, pelo que contei, foram mais de cinco horas em pé, do momento de chegada até finalmente sentar no carro para ir embora. Não que eu não quisesse ir; a experiência é tão divertida e inesquecível, que se me pedissem para ficar mais umas horinhas de pé (especialmente se a Taylor Swift resolvesse aparecer atrasada, #prontofalei), não me importaria.
Falando nisso, já tem data marcada para o próximo VMA?