Cole Escola, artista não-binário, faz história ao levar seu 1º Tony Awards
Em estreia na Broadway, Escola conquista prêmio com performance cômica de Mary Todd Lincoln.
adio City Music Hall, em Nova York, foi palco da 78ª edição do Tony Awards, a maior premiação do teatro nos Estados Unidos. E um dos momentos mais marcantes da cerimônia foi a vitória de Cole Escola, que levou para casa o prêmio de Melhor Ator em Peça por sua estreia na Broadway em Oh, Mary!.
A peça é uma sátira sobre a vida de Mary Todd Lincoln. Cole se destacou em uma das performances mais elogiadas da temporada ao interpretar uma Mary Todd completamente fora dos livros de história, bêbada, dramática e aspirante a cantora de cabaré.
Além de atuar, Escola também assina o texto da peça, que teve início em circuito off-Broadway, lotou sessões e foi transferida para o Lyceum Theatre em 2024.
Durante o discurso de agradecimento, Escola fez o público rir e se emocionar. Agradeceu aos outors indicados da categoria, que incluía nomes como George Clooney (Good Night, and Good Luck) e Daniel Dae Kim (Yellow Face), e mandou um beijo para a mãe.
Também mencionou, com bom humor, um contato do Grindr chamado “T-Bone” e a comediante Amy Sedaris. Tudo isso vestindo um longo azul inspirado em Bernadette Peters, atriz que venceu o Tony com look semelhante em 1999.
Com essa conquista, Escola se torna a primeira pessoa abertamente não binária a vencer um Tony na categoria de Melhor Ator em Peça. No ano passado, J. Harrison Ghee e Alex Newell já haviam feito história ao vencerem nas categorias musicais, também como artistas não binários. Apesar de os Tonys ainda usarem divisões de gênero, Escola optou por concorrer como “ator”.
Além de Cole, Oh, Mary! também foi premiada na categoria Melhor Direção de Peça, para Sam Pinkleton, e recebeu outras três indicações: Melhor Ator Coadjuvante em Peça (Conrad Ricamora), Melhor Figurino (Holly Pierson) e Melhor Peça, perdendo esta última para Purpose.
O espetáculo, que tem elenco formado por Conrad Ricamora, Bianca Leigh, Tony Macht e James Scully, imagina uma versão fictícia dos últimos dias da vida de Abraham Lincoln, com um casamento de fachada e uma primeira-dama encantada pela fama.
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