CH Entrevista: Melim revela bastidores de Quintal e histórias da infância

Dando início a uma nova era de sua carreira, o trio de irmãos contou mais sobre o conceito intimista do álbum e influência de diferentes gêneros musicais

Por Bruna Parrado Atualizado em 30 out 2024, 15h21 - Publicado em 17 nov 2022, 17h28

Melim, uma das bandas mais tocadas no Brasil atualmente, acaba de lançar seu terceiro álbum de estúdio. Trazendo uma estética nostálgica e intimista, Quintal contém 16 faixas inéditas por enquanto, já que um feat com Vitão será lançado em breve.

A CH esteve presente no evento de lançamento desse projeto, que marca uma nova fase na carreira dos irmãos. Além de um pocket show com algumas das músicas sendo cantadas pela primeira vez, também aconteceu uma coletiva de imprensa, onde conversamos mais com Gabi, Diogo e Rodrigo sobre o álbum.

Segundo eles, a ideia central do projeto era trazer suas lembranças, principalmente de infância. “Acho que o quintal tem muito a ver com com nostalgia, sabe? E também eu acho que, de certo modo, é tão brasileiro”, disse Gabi. “É lá onde a gente cria as nossas memórias afetivas”.

Também tem a ver com essa união, com nós sermos irmãos, de casa. Energia da palavra vital é uma coisa muito boa. Geralmente quintal é o lugar da casa que todo mundo prefere receber a família, os amigos“, contou Rodrigo. E foi assim que surgiu também a ideia visual de colocar imagens de momentos de suas vidas nos clipes do projeto.

Aliás, sobre essas fotos de família, aqui vai um ~fun fact~ de bastidores: “Eu falei hoje no grupo da família com os meus irmãos, minha mãe e meu pai sobre eles estarem aparecendo porque a gente não pediu autorização de ninguém, sabia? Eles não sabiam de nada, não gostam de aparecer, mas eles estão no clipe agora eternizados. Eles adoraram e acharam super bonito”, revelou Gabi rindo.

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Outra curiosidade que descobrimos com eles é que, mesmo fazendo muito sentido com o conceito proposto, Quintal não foi a primeira sugestão de nome: “No início a gente pensou em Três, porque somos em três e é nosso terceiro álbum. Depois, pensamos em colocar Casa 380, que foi onde escrevemos nosso primeiro álbum. Só que esses nomes por si só não traziam a energia que a gente queria”

Sobre a sonoridade, eles definiram que “o álbum passeia por várias portas” – tendo cada música sua individualidade. Por exemplo, a última faixa, Um Minuto, chama a atenção por seu caráter eletrônico, pouco explorado por Melim. Pelo menos por enquanto, segundo Diogo. “É uma construção também a gente ir se encontrando porque produzir um trabalho e escrever canções não é só o que a gente gosta de escutar. É o que a gente é também. Pra ter a verdade da música, mas eu vou ficar muito feliz se a gente começar aí pra esse lado e sentir que é a nossa parada”. 

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E, para finalizar, é claro que não podíamos deixar de perguntar para os irmãos as suas memórias favoritas no quintal, não é mesmo? Hahaha. “O nosso bairro é uma espécie de condomínio, não tinha violência. A gente brincava muito na rua com aquele taco que derruba uma garrafinha“, respondeu Diogo.

Para Gabi, a brincadeira favorita era andar de bicicleta, com uma amiga sempre na garupa. Já Rodrigo era fã dos esportes radicais e, segundo Diogo, “é um milagre ele estar vivo hoje”. “Gostava muito de andar de skate, de surfar. Acho que fiz isso quase minha infância toda, fora a música – que era dentro de casa”, contou o cantor.

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