Celebridades reagem a decisão anti-trans e apoiam ONG no Reino Unido
Artistas como Aimee Lou Wood, Nicola Coughlan, Joe Locke e Jake Shears se mobilizam em apoio à comunidade trans
nova decisão da Suprema Corte do Reino Unido, que passou a considerar o sexo biológico como critério legal para definir “homem” e “mulher”, acendeu um alerta na comunidade LGBTQIA+ e provocou reações de várias celebridades internacionais.
Apesar da corte afirmar que o julgamento “não deve ser visto como uma vitória de um grupo sobre outro”, ativistas e aliados vêm destacando os riscos desse entendimento para os direitos das pessoas trans.
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Entre os nomes que se pronunciaram, está a atriz Aimee Lou Wood, conhecida por seus papéis em The White Lotus e Sex Education. Em seu Instagram, ela compartilhou a indignação com a frase “Pura raiva. Esse país é um inferno”, ao repostar uma publicação da escritora Ellen Jones, que classificava a decisão como “alarmante”.
Aimee também relembrou um post antigo do artista trans Travis Alabanza, que ironiza a obsessão com o que define uma “mulher real” enquanto crises como o aquecimento global e o alto custo de vida seguem sem solução.
Já a atriz Nicola Coughlan, de Bridgerton, resolveu transformar sua revolta em ação concreta. Ela lançou uma campanha de arrecadação para a organização Not a Phase, que atua no apoio a adultos trans no Reino Unido. Mais do que isso: se comprometeu a igualar todas as doações feitas, até o valor de £10 mil. “É revoltante ver uma comunidade já marginalizada sendo atacada ainda mais – e em lei. Ver isso sendo comemorado é ainda mais repulsivo”, disse ela num vídeo.
Outros artistas também demonstraram apoio à causa. O cantor Jake Shears, da banda Scissor Sisters, anunciou uma parceria com a Not a Phase para a próxima turnê do grupo e pediu que os fãs conheçam o trabalho da ONG e, se possível, colaborem. “Estamos com nossos amigos e amigas trans. Essa decisão causa dor e medo, mas nosso apoio é inabalável”, afirmou.
Além deles, nomes como Joe Locke, de Heartstopper, e Golda Rosheuvel, também de Bridgerton, fizeram doações para a campanha de Coughlan, mostrando que a mobilização está ganhando força entre figuras públicas.
No centro dessa onda de solidariedade está a Not a Phase, que deixou claro em sua declaração que, apesar do impacto da decisão, a existência das pessoas trans não depende da validação legal: “Queremos deixar uma mensagem clara para nossa comunidade: independentemente da inclusão ou exclusão nas leis do governo, nossa existência jamais será apagada.”
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