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Being Erica, a série “terapia” que você precisa assistir

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2016, 15h58 - Publicado em 18 dez 2015, 16h44

Sabe aquela série que você ama tanto que tem certeza que sua personalidade foi impactada e sua vida alterada por ela? Pois é, Being Erica é essa série pra mim. Sim, eu amo várias séries, mas tenho um carinho especial por Erica.

Nesses dias em que estamos no hiato, em que temos poucas séries para acompanhar (menos de cinco é muito pouco), eu me vejo voltando para Erica Strange e Dr. Tom. Estou precisando de terapia e de algo que me ajude a passar por esse período.

Being Erica é uma série canadense, produzida pela BBC e estrelada por Erin Karpluk. Descobri meio que por acaso, em 2009, e desde então se tornou uma das minhas favoritas de todos os tempos. Aquela série que acredito que todo mundo deveria assistir.

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A série teve quatro temporadas e encerrou a história muitíssimo bem. Tanto que criei um Tumblr na época para re-assistir a todos os episódios fazendo uma review de cada um, como uma forma de me despedir (Being Erica, Being Me). Mas não estou aqui para falar sobre o final e sim do começo, fazendo citações, como Dr. Tom faria:

“Você sabe aquela amiga que você tem? A garota que parece ter tudo certo? Ela tem o emprego dos sonhos, o namorado ideal, a vida perfeita. Bem… eu não sou essa garota. Meu nome é Erica Strange. Tenho 32 anos, ainda em um trabalho sem futuro, ainda dormindo com meu gato de estimação. Eu sei que as pessoas se perguntam ‘por que ela que tem ótima educação e ótimos amigos não consegue se dar bem?’. Existe uma resposta simples: más escolhas. Eu poderia ensinar um curso de estragar sua vida. Sério, eu sou muito boa em estragar tudo. A pior parte é que nem sempre foi assim. Eu era a estrela em ascensão . E ultimamente, sinto que apaguei”

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Foi com essa frase de abertura, no primeiro minuto da série, que comprei a ideia e me identifiquei. Erica fez escolhas erradas durante toda a vida e em um de seus piores dias, vai parar no hospital ao ter uma crise alérgica. Lá, ela conhece um misterioso homem que lhe entrega um cartão escrito: “Dr. Tom, a única terapia que você precisará”.

Depois de voltar para casa, Erica se sente confrontada pela família por seus erros e ao fugir e perambular pelas ruas, percebe que está na frente do “escritório” do Dr. Tom. Lá, ela faz uma lista com seus piores arrependimentos e descobre que o ramo de terapia dele não é “tradicional”, quando é enviada para o passado.

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Ela viaja no tempo e no espaço, indo parar no baile de formatura, quando tinha 18 anos. No meio dessa loucura, Erica precisa entender como mudar a trajetória da sua vida, não só mudando o passado, mas começando a mudar internamente.

“Mudanças. Às vezes, ela te pega de surpresa. Às vezes, ela te acerta na cabeça. E às vezes, você vira a esquina, apenas para descobrir que você está um pouco diferente e o mundo não parece mais o mesmo”.

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São nessas pequenas mudanças e nessas sutilezas que a série vai ganhando espaço e você consegue se identificar com diversos momentos da vida dela. Being Erica não é sobre a Erica “refazendo” as coisas do jeito que acha melhor. As lições acabam sendo maiores e mais significativas do que simplesmente voltar ao passado e consertar algo. São pequenas transformações que acontecem e que fazem uma verdadeira revolução pessoal.

O que é bem típico da terapia, né? Você “viaja” no tempo e espaço com a mente, ao pôr pra fora e verbalizar o que sente e pensa, revivendo momentos da memória, trazendo coisas que estão no inconsciente para o consciente. E nossa, como isso é libertador!

“Mesmo que tudo o que eu experienciei não foi real. Eu fui mudada por essa experiência. E isso é bem real”

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No Brasil, a série ganhou o nome de A Vida de Érica e foi exibida no canal GNT no começo do ano. Sinto falta dos diálogos entre Erica e Dr. Tom. Sinto falta de viajar no tempo com ela e ver a Erica de 30 e poucos anos tendo que agir como se tivesse 13, 16, 18 e 20 e poucos.

Ainda abro as portas na esperança de encontrar meu Dr. Tom do outro lado.Mas não preciso sentir tanta falta, já que estou decidida a voltar com o Tumblr (parei no terceiro episódio da 1a temporada por falta de tempo) e reviver esses episódios de uma das melhores séries de todos os tempos.

“Tudo que tem um começo, tem um final…

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