Autor de Wicked fala sobre tensão sexual entre Elphaba e Glinda

Gregory Maguire confirmou que a tensão sexual entre as duas personagens foi "intencional"

Por Arthur Ferreira 10 dez 2024, 14h04
E

m uma recente entrevista à Them, Gregory Maguire, autor do livro* de Wicked, abordou questões de sexualidade e identidade em sua obra, que continua a gerar discussões com o lançamento da adaptação cinematográfica estrela por Cynthia Erivo e Ariana Grande.

Uma das discussões mais recorrentes em torno de Wicked, tanto no livro quanto no musical, é a relação entre Elphaba e Glinda. Maguire confirmou que a tensão entre as duas personagens foi intencional, mas de uma forma sutil e refinada.

“Foi modesto e contido, de tal forma que se poderia imaginar que uma das duas jovens sentiu mais do que a outra e não quis dizer isso”, afirmou o autor.

Continua após a publicidade

Ele também sugeriu que, embora não haja uma confirmação explícita de um romance entre elas, a ideia de que algo mais pudesse ter ocorrido entre as duas “fica no ar”, sem ser uma afirmação definitiva. Em relação a isso, ele provocou: “Talvez, quando as luzes se apagavam e o romancista estava fumando no beco, as meninas fizeram sexo na cama a caminho da Cidade das Esmeraldas.”

Maguire não tem intenção de definir explicitamente a relação das personagens, mas sim de deixar espaço para a interpretação do público. “Eu queria propor essa possibilidade, mas não queria fazer uma declaração declarativa sobre isso.”

Outro tema que surge com frequência entre os fãs é a possível identidade de Elphaba como intersexo ou trans. No livro, há uma passagem que sugere que Elphaba pode ter nascido com características sexuais ambíguas, o que alimenta essa teoria. Maguire, no entanto, explicou que a questão sobre o corpo de Elphaba não deveria ser vista como central para a trama.

Continua após a publicidade

O autor declarou que o objetivo ao levantar a possibilidade de Elphaba ser intersexo foi justamente explorar a ideia de como o trauma e as características biológicas das pessoas não definem sua identidade completa. “Eu queria que o livro fosse um exame sobre como pensamos nas pessoas como o resultado final do trauma, e que, na verdade, somos todos maiores do que nossos traumas”, disse Maguire.

*As vendas realizadas através dos links neste conteúdo podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril

Publicidade