Audrey Hobert: a roteirista que se jogou no pop sem medo de rir de si

Entre letras divertidas e reflexões sinceras, a artista de 26 anos lançou seu primeiro álbum, Who’s the Clown?

Por Arthur Ferreira 19 out 2025, 15h00
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os 26 anos, Audrey Hobert está usando do humor para se jogar na música pop. Depois de coescrever alguns dos maiores hits de Gracie Abrams como That’s So True e I Love You, I’m Sorry, a cantora e compositora estadunidense lançou em agosto de 2025 seu primeiro álbum solo, Who’s the Clown?, e mostrou que tem muito mais a dizer do que só nos bastidores.

Criada em uma família de artistas, seu pai trabalhou em séries como Scrubs e The Middle, Audrey cresceu cercada por histórias e personagens. Formada em roteiro pela Universidade de Nova York, ela chegou a escrever para a série da Nickelodeon The Really Loud House antes de descobrir, meio por acaso, que também sabia transformar suas próprias vivências em canções.

A transição aconteceu quando Audrey começou a colaborar com sua melhor amiga de infância, Gracie Abrams. As duas se conheceram ainda no ensino fundamental e, anos depois, uniram forças na criação do álbum The Secret of Us, de 2024. Audrey não apenas ajudou a compor vários dos sucessos do projeto, como também dirigiu alguns clipes, incluindo o da faixa Risk.

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Em 2025, ela assinou com a Universal Music e lançou o single de estreia Sue Me, uma faixa divertida sobre querer se sentir desejada após um término que chegou acompanhada de um clipe autodepreciativo e humor despretensioso.

Seu primeiro álbum, Who’s the Clown?, lançado em agosto pela RCA Records, foi produzido por Ricky Gourmet, conhecido por suas colaborações com FINNEAS, e combina guitarras indie, sintetizadores e letras que soam como desabafos de WhatsApp enviados para as amigas de madrugada.

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As músicas falam de autoestima, amor e autocrítica, mas sempre com um toque cômico. Em I Like to Touch People, Audrey transforma pequenas interações sociais em uma crônica sobre ansiedade e carinho. Já Wet Hair mostra a cantora rindo das próprias tentativas de parecer descolada após um encontro com o ex.

As referências de Audrey vão de Taylor Swift a Lena Dunham, passando por Greta Gerwig e até Nathan Fielder. Ela também se inspira em autoras como Eve Babitz e nas personagens de TV que sempre a encantaram.

Em Phoebe, uma das faixas mais emocionais do álbum, Audrey reflete sobre se sentir “a amiga engraçada” e não a “garota desejada”, enquanto faz um paralelo com a personagem Phoebe Buffay, de Friends. “Sempre me perguntei por que ninguém queria namorar a Phoebe”, contou à The Cut. “Ela é incrível! Acho que eu me via muito nela.”

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Ouça Who’s the Clown?, de Audrey Hobert:

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