Artistas lamentam a morte de Boss In Drama

DJ e produtora foi fundamental para criar a identidade que existe até hoje na música eletrônica e pop brasileira.

Por Juliana Kataoka Atualizado em 2 fev 2025, 12h00 - Publicado em 1 fev 2025, 15h44

O mundo da música e do entretenimento foi surpreendido na manhã deste sábado (01) com as inúmeras homenagens à DJ e produtora Peppa Oliveira, mais conhecida como Boss In Drama. Segundo o jornalista Fefito, um dos últimos a falar com ela em vida, a artista faleceu na madrugada desta sexta-feira (31) e a causa da morte não foi divulgada. Músicos de diversos estilos, assim como figuras da noite, expressaram seu luto e lembraram a importância de seu legado para a cena eletrônica e para o que se conhece de música pop brasileira hoje.

Peppa Oliveira começou sua carreira em 2007 produzindo música de forma totalmente caseira e postando seus remixes no MySpace – rede social mãe do Facebook, numa época em que Spotify nem sonhava em existir. Com o tempo, seu talento e criatividade a levaram a tomar seu espaço na cena musical.

Seu disco de estreia, “Pure Gold”, lançado em 2011, foi recebido com aclamação, figurando entre os melhores do ano segundo a Rolling Stone Brasil. Em 2010, ela venceu o prêmio VMB da MTV na categoria “Artista de música eletrônica” e participou de grandes festivais como Lollapalooza, Rock in Rio, Popload e XXXperience.

Peppa Oliveira também colaborou com artistas internacionais como Franz Ferdinand, LCD Soundsystem e Diplo. Mais do que pelos remixes e sua carreira solo, sua marca na música se firmou pelos álbuns e faixas que produziu para artistas como Banda Uó, Linn da Quebrada, Majur, Jaloo e principalmente para Karol Conká.

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Em 2023, passou a se declarar publicamente como mulher trans. As homenagens à artista só mostram seu impacto profundo na música e na comunidade LGBTQIA+. Além de seu talento e contribuições para a música pop e eletrônica, Peppa Oliveira também era conhecida por sua generosidade e apoio a outros artistas.

Jup do Bairro lembrou a parceria artística e a amizade que compartilhavam. Candy Mel enfatizou sua autenticidade e influência na música pop brasileira. Lia Clark ressaltou o quanto Peppa inspirou artistas LGBTQIA+ e sua contribuição para a cultura. A influenciadora Samira Close relembrou momentos pessoais e a energia marcante que ela transmitia.

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Independentemente do que tenha levado à sua morte, o legado de sua música e sua generosidade como pessoa permanecerão. Sua partida acontece poucos dias depois do Dia da Visibilidade Trans, um lembrete dos desafios enfrentados por essas pessoas. Para aqueles que precisam de apoio, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.

 

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