Alana Cabral traz a força e a doçura de uma protagonista adolescente
Aos 18 anos, atriz dá vida a Joélly, personagem que reflete sobre amor, maternidade e o ciclo entre mulheres de diferentes gerações em Três Graças
Antes mesmo do público conhecer Joélly Maria das Graças, Alana Cabral já tinha vivido sua própria reviravolta de novela. “Meu pai teve que pegar o celular e continuar a conversa por mim, porque eu fiquei tão nervosa e animada que só sabia ajoelhar e agradecer”, lembra sobre o momento em que recebeu o convite para protagonizar sua primeira obra na faixa das nove.
O telefonema era de Luiz Henrique Rios, diretor artístico de Três Graças, nova trama de Aguinaldo Silva e o início de uma fase que marca a chegada definitiva da atriz, de apenas 18 anos, a outro patamar.
Na história, a personagem de Alana é uma adolescente da periferia de São Paulo que repete o destino da mãe (Sophie Charlotte) e da avó (Dira Paes) ao engravidar ainda jovem. Esse é o ponto de partida para uma narrativa sobre maternidade, ciclos familiares e as diferentes formas de amor e resistência entre mulheres.
“A Joélly mexeu comigo de um jeito diferente desde o teste”, contou Alana à CAPRICHO. “É uma personagem que pede entrega total, e eu estou tomando o máximo de cuidado pra mostrar essa realidade de um jeito que não seja romantizado.”
Na preparação, Alana foi além do roteiro: imaginou o signo da personagem (“canceriana, mas com um pezinho em Aquário”), o perfume que usaria e até montou uma playlist. E é nesse olhar detalhista entre a sensibilidade e o estudo que ela se destaca.
Existe uma força de ser mulher em mim, na Dira e na Sophie, que também está presente em Gerluce, Lígia e Joélly.
Alana Cabral
Com Três Graças, Alana também marca o retorno de um núcleo jovem às novelas das nove. Entre cenas intensas e momentos de leveza nos bastidores, Alana vive essa estreia como quem entende a importância do que está construindo não só para a carreira, mas para tantas meninas que vão se ver nela: “Espero que elas se inspirem de uma maneira boa, que minha história sirva de motivação para não desistirem.”
“Eu fico pensando na Alana do passado e em como ela gostaria de ter uma Alana de agora para se inspirar, sabe? Quando entrei nesse ambiente de TV, especialmente na Globo, vi que havia pouquíssimas crianças como eu ali. Hoje, quando vou à praça de alimentação da emissora, vejo muitas pessoas pretas, e isso me deixa muito feliz.”
De Zayla, em Nos Tempos do Imperador, à Joélly Maria das Graças, a menina que um dia sonhava em ser atriz agora vive sua primeira protagonista. Com um brilho tranquilo no olhar e a maturidade de quem entende o que representa, Alana Cabral inaugura um novo capítulo — o dela, e o de muitas que vêm depois.
A seguir, você confere a entrevista com a atriz, que fala sobre preparação, representatividade e os bastidores de Três Graças.
CAPRICHO: Como foi receber a notícia de que faria sua primeira protagonista de novela?
Alana Cabral: Eu já tinha feito algumas protagonistas, mas eram em trabalhos menores e numa novela o molde é muito diferente. A maneira de gravar, o ritmo, tudo. Eu fiquei por um mês esperando uma resposta. Toda ligação que eu recebia de número desconhecido, eu atendia, porque achava que podia ser o resultado. Até que teve um dia que fui para a academia, segui meu dia normal e quando cheguei em casa, um número desconhecido começou a me ligar. Eu atendi e era o Luiz Henrique Rios, diretor da novela, me convidando. Eu paralisei. Meu coração começou a disparar. Meu pai teve que pegar o celular e continuar a conversa por mim, porque eu fiquei tão nervosa e tão animada que só sabia ajoelhar e agradecer. Foi uma felicidade total. Contar pra minha família depois também foi uma alegria imensa. Mas, passado um tempinho, eu precisei colocar os pés no chão e pensar: Saí da euforia e entrei na fase da preparação, que foi quando tudo começou de verdade.
CH: A gravidez na adolescência é um tema central da sua personagem. Que tipo de preparação você fez para viver essa realidade em cena?
Alana: A Joélly mexeu comigo de um jeito diferente desde o teste. Eu saí da sala tremendo. Tinha acabado de fazer uma cena de choro, de emoção, e me entreguei por completo. Essa personagem pede que eu me entregue totalmente. Assim que soube que tinha passado e comecei a receber o roteiro e a sinopse, eu fui entendendo melhor. Porque vai além da gravidez, né? Primeiro, a gente precisa construir a personagem e descobrir quem ela é, o que ela gosta e não gosta. Tem ator que gosta de pensar qual seria o signo, o perfume, a música que ela escutaria — e eu adoro esse processo. Depois disso, comecei a lidar com os conflitos que surgem ao redor da trama, e que vão aparecendo conforme a história se desenrola. Está sendo uma honra, porque é uma carga muito grande representar tantas meninas do nosso Brasil. Eu estou tomando o máximo de cuidado para mostrar essa realidade de um jeito que não seja romantizado.
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