A Escola do Bem e do Mal traz uma releitura moderna dos contos de fadas

O novo filme da Netflix traz um elenco jovem com atuações impressionantes e enredo cativante, mas pode cansar alguns telespectadores por sua longa duração

Por Bruna Parrado Atualizado em 30 out 2024, 15h26 - Publicado em 22 out 2022, 10h00

Uma das grandes apostas da Netflix este ano é A Escola do Bem e do Mal. O filme, que já está disponível na plataforma de streaming, traz uma releitura moderna e necessária dos contos de fadas que conhecemos desde a infância. A CH assistiu a novidade, então vem saber – sem spoilers – as nossas impressões do longa-metragem antes de assistir.

A trama se passa em Gavaldon, provavelmente durante a Idade Média, focando nas melhores amigas Sophie (Sophia Anne-Caruso) e Agatha (Sofia Wylie). Enquanto uma sonha em ser uma princesa igual as dos livros que lê, a outra já vive mais com o pé no chão e é acusada de ser bruxa pelos morados de seu vilarejo – até que tudo muda quando são selecionadas para entrar numa escola nada normal.

Lembrando muito Descendentes, o filme se diferencia por seu maior aprofundamento nas histórias dos contos de fadas e também pelo caráter mais adulto – sem cenas musicais e podendo agradar públicos das mais diferentes idades. Não só se usa referências das conhecidas histórias, mas as problematiza e as diversifica também.

Pode-se tirar muitas lições em A Escola do Bem e do Mal, mas a que acaba se ressaltando mais aos olhos de quem assiste é a humanidade. O direito de errar, a errônea divisão entre bem e mal e o olhar empático para o outro são os principais pilares do enredo que vai muito além de uma simples narrativa sobre a amizade entre duas garotas.

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Baseado no bestseller de Soman Chainani*, o longa-metragem introduz muito bem esse novo universo – com muitos detalhes e bons efeitos especiais. Entretanto, algumas pessoas podem achar o filme cansativo por conta de sua duração. Apesar de 2h27min não ser algo absurdo no cinema, há muitos acontecimentos que talvez poderiam ter sido resumidos.

Por outro lado, as atuações impressionam e o elenco jovem cativa o público facilmente. Sendo protagonistas, o destaque naturalmente vai para Sophia Anne-Caruso e Sofia Wylie, mas vale ressaltar ainda mais seus trabalhos neste projeto. E aplausos também para os vestuários que, mesmo sendo ambientados na época da história, trazem uma pitada de modernidade – o que combina muito com a ideia central da obra.

Charlize Theron como Lady Lesso
Charlize Theron como Lady Lesso Netflix/Divulgação
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Para finalizar, deixamos aqui a nossa felicidade por ver o protagonismo feminino em A Escola do Bem e do Mal. Mesmo com papéis de autoridade e prestígio, as mulheres também estão ocupando esses espaços e não é exagero dizer que roubam a cena. Desde as estudantes até as professoras, as personagens chamam a atenção do público por sua força.

*As vendas realizadas através dos links neste conteúdo podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril

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