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5 lições que aprendemos com o final de Sex Education

Otis, Eric, Aimee e todos os personagens nos ensinaram um bocado ao longo da temporada - uma última vez - e já estamos com saudades

Por Arthur Ferreira 27 set 2023, 18h49

Os episódios finais de Sex Education acabaram de chegar à Netflix e nós já estamos com saudades! Ao longo das temporadas, a produção trouxe discussões muito importantes e significativas que fizeram parte das nossas vidas. E isso não foi diferente na quarta e última temporada da série, que abordou narrativas ainda mais maduras e repletas de reflexões.

Na reta final, a produção ganhou novos cenários, personagens e temáticas que acompanharam Otis (Asa Butterfield), Maeve (Emma Mackey), Eric (Ncuti Gatwa) e seus amigos de Moordale. Para essa despedida, separamos 5 lições que aprendemos com o fim de Sex Education. Vem com a gente!

Ah, fica aqui o nosso alerta de spoilers, hein?!

1. A maternidade não define a vida de uma mulher

Uma das lições mais importantes dessa temporada é em relação à maternidade. Nos novos episódios, Jean (Gillian Anderson) lida com a chegada de um novo filho em sua vida. Ser mãe solo não é fácil e Jean mostra todas as dores que esse momento pode trazer para a vida de uma mulher.

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E todo esse cenário trouxe uma outra questão: antes de ser mãe, Jean é uma mulher com vontades, sonhos e necessidades próprias. Ela enfrenta a adaptação de uma nova rotina, e ainda tem um novo embate com Otis, que custou a entender as dificuldades pelas quais a mãe estava passando.

Mulher branca de braços cruzados
Jane passa por questões complicadas na última temporada de Sex Education Thomas Wood/ Netflix/Divulgação

Além de Jean, também conseguimos ver essa mesma narrativa na relação de Jackson (Kedar Williams-Stirling) com suas mães. O personagem que anteriormente mostrou como a ansiedade fora de controle pode ser prejudicial ao adolescente, agora segue uma nova fase em sua jornada de autoconhecimento: a descoberta de suas origens.

Após um momento tenso em sua saúde, ele decide ir atrás do seu pai biológico contra a vontade de suas mães.

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2. Inclusão não é uma luta individual

Durante a temporada, acompanhamos os desafios de Isaac (George Robinson) e Aisha (Alexandra James) que lutam para tornar a escola mais inclusiva. Aisha é uma menina nerd apaixonada por astrologia e surda, que sofre com a falta de um acompanhamento profissional e um interprete de línguas na escola, tendo dificuldades para acompanhar a turma. Enquanto Isaac, já conhecido do público, lidera uma revolução quando os elevadores do prédio quebram, o impedindo de transitar pela escola.

Em determinado momento os demais alunos, que até então não haviam notado os nuances do cotidiano dos amigos, ajudam a manifestar a favor de medidas inclusivas para todos os alunos.

3. Não precisamos passar por nossos problemas sozinhos

Nesse novo semestre, os personagens da série passaram por poucas e boas, mas no fim acabaram percebendo que ás vezes é preciso pedir ajuda. Viv (Chinenye Ezeudu), por exemplo, acaba entrando em um relacionamento muito tóxico. Sem que ela perceba, o seu novo namorado foi se mostrando cada vez mais agressivo e possessivo e o que começou como uma relação fofa acabou de maneira cruel. No fim, ela contou com a ajuda de Jackson e Aimee para perceber que a relação não era saudável.

Um dos momentos mais sensíveis da temporada é quando Maeve precisa voltar dos Estados Unidos depois de descobrir a grave situação da sua mãe. Eventualmente, ela acaba morrendo e a jovem precisa lidar com um momento muito difícil. Processar o luto, se encontrar com irmão e relembrar todos os traumas gerados nesse ambiente enquanto ainda precisa organizar a cerimônia de despedida de sua mãe, o que decididamente não foi uma tarefa fácil.

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Com medo desse novo momento, Maeve precisou contar com a ajuda dos amigos que cativou ao longo da escola para lhe ajudarem, principalmente de sua melhor amiga Aimee (Aimee Lou Wood).

Falando nela, Aimee tem um arco muito bonito nessa temporada. A temporada ainda se debruça sobre o trauma íntimo vivido pela personagem, que foi assediada em um ônibus. Ela então descobre na arte o processo para se libertar do medo e junto a Isaac, ela busca formas de se valorizar e de se impor nas situações do dia-a-dia.

Por fim, Cal (Dua Saleh), que se descobriu como uma pessoa não-binária ainda na adolescência, agora passa pelo momento da transição. Nesta nova temporada, Cal se encontra em uma difícil situação em relação ao seu corpo, disforia e sociabilidade. Ele também se recusa a se abrir com sua mãe e com Jackson. Demora até Cal perceber que tudo bem pedir ajuda. Quem nunca passou por isso, né?

4. Todos os nossos sentimentos são válidos

Nós também somos apresentados a um novo grupo de populares, que contam com a Aisha e o casal Abbi (Anthony Lexa) e Roman (Felix Mufti). Esse trio não é como qualquer grupinho de populares do ensino médio, eles não curtem fofoca, não fazem bullying e são extremamente positivos – até demais, vamos combinar, né?

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Do outro lado está Ruby (Mimi Keene), que agora se encontra sozinha e deslocada na escola nova. No fim, Ruby entende que ser uma boa pessoa é muito melhor do que parecer descolada, enquanto o trio aprende que não podemos dar voz somente aos sentimentos positivos, já que sentimentos ruins também existem.

Roman (Felix Mufti), Eric (Ncuti Gatwa) e Abbi (Anthony Lexa) na 4ª temporada de Sex Education
Roman (Felix Mufti), Eric (Ncuti Gatwa) e Abbi (Anthony Lexa) na 4ª temporada de Sex Education Samuel Taylor/Netflix/Divulgação

5. Honestidade pode ser brutal, mas necessária

No fim essa é a maior lição de todas! A começar por Adam (Connor Swindells), que ao longo da trama mudou bastante como personagem. De um valentão medonho à um doce apaixonado, Adam amadureceu ao longo das temporadas e agora finaliza sua jornada de autodescoberta.

Nos novos episódios, ele lida com as transformações que se assumir como um homem bissexual traz em sua vida e consegue ter um diálogo aberto, pela primeira vez, com seu pai, que fez de tudo para se reaproximar.

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Enquanto isso Eric trouxe a discussão de ser assumido para outro lado, uma vez que já lida com isso há mais tempo. Agora, o carismático personagem entra de vez em uma dualidade que já ronda em sua cabeça há muito tempo: se manter fiel a religião, que não o aceita como é, ou se manter fiel a quem ele é e largar esta comunidade? No fim, Eric enfrenta a comunidade e se impõe como religioso e homossexual.

Otis e Maeve se mostram cada vez mais maduros. No inicio da temporada, eles passaram pela tão temida fase do relacionamento à distância. Com problemas de comunicação aqui e ali (como sempre), no fim eles perceberam que eles não são mais crianças.

Agora eles compreendem que se amam, mas resolveram tomar a decisão mais madura para os dois: não continuarem juntos. Por mais que esse final tenha decepcionado muitos fãs da série, ele só mostra como os personagens são muito mais do que esse relacionamento e precisam seguir seus próprios caminhos.

A quarta temporada de Sex Education já está disponível na Netflix.

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