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5 lições que aprendemos com o final de Sex Education

Otis, Eric, Aimee e todos os personagens nos ensinaram um bocado ao longo da temporada - uma última vez - e já estamos com saudades

Por Arthur Ferreira Atualizado em 29 out 2024, 18h16 - Publicado em 27 set 2023, 18h49

Os episódios finais de Sex Education acabaram de chegar à Netflix e nós já estamos com saudades! Ao longo das temporadas, a produção trouxe discussões muito importantes e significativas que fizeram parte das nossas vidas. E isso não foi diferente na quarta e última temporada da série, que abordou narrativas ainda mais maduras e repletas de reflexões.

Na reta final, a produção ganhou novos cenários, personagens e temáticas que acompanharam Otis (Asa Butterfield), Maeve (Emma Mackey), Eric (Ncuti Gatwa) e seus amigos de Moordale. Para essa despedida, separamos 5 lições que aprendemos com o fim de Sex Education. Vem com a gente!

Ah, fica aqui o nosso alerta de spoilers, hein?!

1. A maternidade não define a vida de uma mulher

Uma das lições mais importantes dessa temporada é em relação à maternidade. Nos novos episódios, Jean (Gillian Anderson) lida com a chegada de um novo filho em sua vida. Ser mãe solo não é fácil e Jean mostra todas as dores que esse momento pode trazer para a vida de uma mulher.

E todo esse cenário trouxe uma outra questão: antes de ser mãe, Jean é uma mulher com vontades, sonhos e necessidades próprias. Ela enfrenta a adaptação de uma nova rotina, e ainda tem um novo embate com Otis, que custou a entender as dificuldades pelas quais a mãe estava passando.

Mulher branca de braços cruzados
Jane passa por questões complicadas na última temporada de Sex Education Thomas Wood/ Netflix/Divulgação

Além de Jean, também conseguimos ver essa mesma narrativa na relação de Jackson (Kedar Williams-Stirling) com suas mães. O personagem que anteriormente mostrou como a ansiedade fora de controle pode ser prejudicial ao adolescente, agora segue uma nova fase em sua jornada de autoconhecimento: a descoberta de suas origens.

Após um momento tenso em sua saúde, ele decide ir atrás do seu pai biológico contra a vontade de suas mães.

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2. Inclusão não é uma luta individual

Durante a temporada, acompanhamos os desafios de Isaac (George Robinson) e Aisha (Alexandra James) que lutam para tornar a escola mais inclusiva. Aisha é uma menina nerd apaixonada por astrologia e surda, que sofre com a falta de um acompanhamento profissional e um interprete de línguas na escola, tendo dificuldades para acompanhar a turma. Enquanto Isaac, já conhecido do público, lidera uma revolução quando os elevadores do prédio quebram, o impedindo de transitar pela escola.

Em determinado momento os demais alunos, que até então não haviam notado os nuances do cotidiano dos amigos, ajudam a manifestar a favor de medidas inclusivas para todos os alunos.

3. Não precisamos passar por nossos problemas sozinhos

Nesse novo semestre, os personagens da série passaram por poucas e boas, mas no fim acabaram percebendo que ás vezes é preciso pedir ajuda. Viv (Chinenye Ezeudu), por exemplo, acaba entrando em um relacionamento muito tóxico. Sem que ela perceba, o seu novo namorado foi se mostrando cada vez mais agressivo e possessivo e o que começou como uma relação fofa acabou de maneira cruel. No fim, ela contou com a ajuda de Jackson e Aimee para perceber que a relação não era saudável.

Um dos momentos mais sensíveis da temporada é quando Maeve precisa voltar dos Estados Unidos depois de descobrir a grave situação da sua mãe. Eventualmente, ela acaba morrendo e a jovem precisa lidar com um momento muito difícil. Processar o luto, se encontrar com irmão e relembrar todos os traumas gerados nesse ambiente enquanto ainda precisa organizar a cerimônia de despedida de sua mãe, o que decididamente não foi uma tarefa fácil.

Com medo desse novo momento, Maeve precisou contar com a ajuda dos amigos que cativou ao longo da escola para lhe ajudarem, principalmente de sua melhor amiga Aimee (Aimee Lou Wood).

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Falando nela, Aimee tem um arco muito bonito nessa temporada. A temporada ainda se debruça sobre o trauma íntimo vivido pela personagem, que foi assediada em um ônibus. Ela então descobre na arte o processo para se libertar do medo e junto a Isaac, ela busca formas de se valorizar e de se impor nas situações do dia-a-dia.

Por fim, Cal (Dua Saleh), que se descobriu como uma pessoa não-binária ainda na adolescência, agora passa pelo momento da transição. Nesta nova temporada, Cal se encontra em uma difícil situação em relação ao seu corpo, disforia e sociabilidade. Ele também se recusa a se abrir com sua mãe e com Jackson. Demora até Cal perceber que tudo bem pedir ajuda. Quem nunca passou por isso, né?

4. Todos os nossos sentimentos são válidos

Nós também somos apresentados a um novo grupo de populares, que contam com a Aisha e o casal Abbi (Anthony Lexa) e Roman (Felix Mufti). Esse trio não é como qualquer grupinho de populares do ensino médio, eles não curtem fofoca, não fazem bullying e são extremamente positivos – até demais, vamos combinar, né?

Do outro lado está Ruby (Mimi Keene), que agora se encontra sozinha e deslocada na escola nova. No fim, Ruby entende que ser uma boa pessoa é muito melhor do que parecer descolada, enquanto o trio aprende que não podemos dar voz somente aos sentimentos positivos, já que sentimentos ruins também existem.

Roman (Felix Mufti), Eric (Ncuti Gatwa) e Abbi (Anthony Lexa) na 4ª temporada de Sex Education
Roman (Felix Mufti), Eric (Ncuti Gatwa) e Abbi (Anthony Lexa) na 4ª temporada de Sex Education Samuel Taylor/Netflix/Divulgação
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5. Honestidade pode ser brutal, mas necessária

No fim essa é a maior lição de todas! A começar por Adam (Connor Swindells), que ao longo da trama mudou bastante como personagem. De um valentão medonho à um doce apaixonado, Adam amadureceu ao longo das temporadas e agora finaliza sua jornada de autodescoberta.

Nos novos episódios, ele lida com as transformações que se assumir como um homem bissexual traz em sua vida e consegue ter um diálogo aberto, pela primeira vez, com seu pai, que fez de tudo para se reaproximar.

Enquanto isso Eric trouxe a discussão de ser assumido para outro lado, uma vez que já lida com isso há mais tempo. Agora, o carismático personagem entra de vez em uma dualidade que já ronda em sua cabeça há muito tempo: se manter fiel a religião, que não o aceita como é, ou se manter fiel a quem ele é e largar esta comunidade? No fim, Eric enfrenta a comunidade e se impõe como religioso e homossexual.

Otis e Maeve se mostram cada vez mais maduros. No inicio da temporada, eles passaram pela tão temida fase do relacionamento à distância. Com problemas de comunicação aqui e ali (como sempre), no fim eles perceberam que eles não são mais crianças.

Agora eles compreendem que se amam, mas resolveram tomar a decisão mais madura para os dois: não continuarem juntos. Por mais que esse final tenha decepcionado muitos fãs da série, ele só mostra como os personagens são muito mais do que esse relacionamento e precisam seguir seus próprios caminhos.

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A quarta temporada de Sex Education já está disponível na Netflix.

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