2° episódio do Reeleitura enaltece música negra brasileira
Publicação ''Ritmos Negros'', de Amailton Magno Azevedo, é indicação do segundo episódio do Reeleitura
O segundo episódio do Reeleitura foi publicado nesta terça-feira (25) e, nesta edição, tivemos o enaltecimento da música negra brasileira a partir da indicação de leitura do livro “Ritmos Negros”, de Amailton Magno Azevedo. Além do autor da obra, a criadora de conteúdo Yolanda Frutuoso (@ayo.frutuoso) e o musicista Jota.Pê (@jota.pêoficial) também comentaram a obra.
O projeto é fruto da parceria da CAPRICHO, com Instagram, Gelédes Instituto da Mulher Negra e Africanize e trará, durante os próximos meses, obras literárias de autores negros brasileiros com o intuito de incentivar a leitura, principalmente dos adolescentes.
Autoconhecimento e representatividade são pilares importantes para os jovens negros, destaca Frutuoso. Para ela, é extremamente importante que existam narrativas positivas nesse sentido.
Só teremos uma juventude antirracista se oferecermos uma gama ampla de autores e autoras negros e negras como Lima Barreto, Akins Kintê, Machado de Assis, James Baldwin, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus entre outros e outras
Amailton Magno Azevedo
”Crescemos sendo bombardeados que a nossa história se resume apenas à escravidão. Existiu um antes glorioso, muita luta e resistência e hoje estamos construindo novos caminhos. Ler abre portas para o conhecimento, mas também para a imaginação e possibilidade de criar e fazer algo diferente do que foi pré-destinado à nos. É para os demais jovens, é extremamente necessário ler, escutar e estudar outras narrativas para entender a pluralidade do que é o negro e a nossa cultura que permeia basicamente tudo que a gente conhece”, disse Frutuoso.
Para o autor do livro de ”Ritmos Negros”, projetos como o Reeleitura contribuem para que jovens acessem outras perspectivas literárias. ”A juventude é a fase da vida de descobertas e formação de visões de mundo. Só teremos uma juventude antirracista se oferecermos uma gama ampla de autores e autoras negros e negras como Lima Barreto, Akins Kintê, Machado de Assis, James Baldwin, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus entre outros e outras. Não é preciso jogar Shakespeare no lixo, mas é urgente retirar do porão da História a literatura negra”, disse Azevedo.
O musicista Jota Pê conta, por sua vez, que o livro ”Ritmos Negros” foi o primeiro do projeto que ele teve acesso (o primeiro episódio você pode acessar aqui)”É muito parte do meu universo os ritmos afro, suas origens… saber mais sobre isso com certeza vai não só acrescentar conhecimento teórico, mas também mudar o jeito que eu faço música”, afirmou.
Confira o segundo episódio completo: