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13 Reasons Why: série aumentou diálogo entre pais e filhos

Pesquisa feita pela Northwestern University, de Illinois, nos Estados Unidos, ouviu 5.400 pessoas no Brasil, EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia

Por Bruno Dias Atualizado em 31 out 2024, 11h00 - Publicado em 21 mar 2018, 14h41
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Painel em Nova York discutiu o impacto de 13 Reasons Why em pais e adolescentes Bruno Dias/CAPRICHO

Foi apresentado na manhã desta quarta-feira (21/3) em Nova York, durante o evento “Você sabe como os adolescentes e pais reagiram a 13 Reasons Why?”, uma pesquisa feita pelo Centro de Mídia e Desenvolvimento Humano da Northwestern University, de Illinois, nos Estados Unidos, para, como o nome já diz, saber como foi o impacto da série da Netflix produzida por Selena Gomez.

Participaram do estudo supervisionado pela Dra. Ellen Wertella, diretora do Centro de Mídia e Desenvolvimento Humano da Northwestern University, 5.400 pessoas de quatro regiões do mundo: Estados Unidos, Reino Unido, Brasil e Austrália/ Nova Zelândia. Sendo que 2.416 deles assistiram à 13 Reasons. O grupo era formado por 1.880 pais de adolescentes com idades entre 13 e 17 anos; 1.722 adolescentes de 13 a 17 anos; 1.798 jovens adultos com idades entre 18 e 22.

No Brasil, participaram da pesquisa 1.200 pessoas:

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– 400 adolescentes de 13 a 17 anos (200 viewers);

– 400 jovens adultos de 18 a 22 anos (200 viewers);

– 400 pais de adolescentes (200 viewers).

O estudo levou os mesmos tópicos para todos, mas as diferenças entre as regiões geraram resultados específicos como: Brasil e Estados Unidos possuem recursos limitados quando o assunto é apoio em questões de saúde mental para adolescentes. Em nosso país, fatores como a disparidade econômica fazem com que o acesso a informação sobre saúde mental fique restrito. Propagandas sobre o tema são predominantemente feitas pelo CAPSI (Centro Estadual de Atenção Psicossocial e Infanto-Juvenil socioeconômicos).

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Na Austrália, 60% das escolas possuem programas voltados para a saúde mental, enquanto que no Reino Unido, por exemplo, 87% das escolas públicas fornecem informações sobre o tema para seus alunos. Além disso, 90% das instituições educacionais britânicas dão treinamento para suas equipes.

“A série abriu os olhos dos adolescentes, que passaram a ajudar outros que estavam com depressão”, falou Dra. Ellen Wertella durante o painel. “Foi positiva para eles, que aprenderam a ter empatia com aqueles que sofrem de problemas mentais como depressão. Abriu diálogo com os pais, que também consideram a série com uma mensagem positiva.”

Além de Wertella, o painel mediado pela jornalista Arianna Davis (do site Refinery29), contou com a presença de Christine Moutier (chefe da American Foundation for Suicide Prevention), Julie Hill (conselheira escolar e membro da Board of Directors), Riley Juntti (criadora do 13 Reasons Why NOT), Brian Wright (vice-presidente de série originais da Netflix) e Brian Yorkey (showrunner e produtor executivo de 13 Reasons Why).

Netflix/Divulgação

Sobrevivente

“Venho de uma comunidade em que tivemos dois suicídios de adolescentes nos últimos anos. Em vez de culpar o outro pela dor, chamamos todos pra conversar. Fui a primeira a levantar a mão e me oferecer para o diálogo”, explicou Riley Juntti. “Quinze minutos depois de escrever que tinha sido abusada por um ex-namorado, uma garota contou que era abusada pelo pai desde pequena.”

Riley falou, ainda, sobre sua própria experiência com o suicídio e depressão: “Tente me matar quando tinha 13 anos, e agora estou com 19 e fazendo todas essas coisas incríveis com a Netflix. Contar sua história não só te dar poder, como também dá poder pra outras pessoas”.

Série para jovens adultos

Durante o painel, Brian Wright destacou o que chamou a atenção da Netflix quando Selena Gomez e Brian Yorkey chegaram com o projeto. “Sabemos que não tem muito espaço na TV fazendo coisas para jovens adultos. Temos no cinema, mas na TV era um espaço que precisávamos suprir isso”, afirmou. “Falar com jovens adultos de forma relevante.”

Ele também destacou o fato de 13 Reasons Why ter virado uma série não só para adolescentes, mas também para seus pais: “Fiquei feliz em saber que pais e filhos estavam assistindo juntos a série. Ela foi capaz de fazer eles conversarem sobre o assunto [saúde mental) na escola, na mesa de jantar. Mesmo muitas vezes com eles assistindo em ambientes separados”.

Segunda temporada

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Wright e Yorkey não deram detalhes muitos spoilers sobre a segunda temporada, eles inclusive deram um jeito de escapar da pergunta que todo mundo quer saber a resposta: quando estreia a segunda temporada? Com o vice-presidente de séries originais da Netflix se limitando a dizer que ela estreia “esse ano ainda”.

Muito criticada por não avisar sobre o conteúdo da série, a Netflix juntou o elenco de 13 Reasons Why, que gravou uma mensagem para passar antes dos episódios, algo que já pode ser visto quando se dá o play nos episódios da primeira temporada, e será mantido para os novos episódios. A segunda temporada também ganhará um programa especial após seu fim, o 13 Reasons Why: Beyond the Reasons, que já foi feito após os 13 primeiros episódios que foram ao ar no dia 31 de março de 2017.

 

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