5 razões para entender a importância de Barack Obama
A eleição do presidente, um ano atrás, sacudiu o mundo. Das relações com os países do Oriente Médio à crise econômica mundial, muita coisa mudou de lá para cá. Inclusive a sua mesada pode estar prestes a aumentar
O começo de 2009 foi marcado por inúmeras festas pela posse de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. Lembra da comoção? Milhares de pessoas acompanhando, em Washington, o primeiro negro a ocupar a Casa Branca, e milhões assistindo mundo afora pela televisão.
Obama foi, sem dúvida, um dos presidentes mais festejados da história norte-americana. Até as filhas do cara ganharam uma festa só delas. As sortudas Malia e Sasha, de 11 e 8 anos, respectivamente, comemoram o grande feito do pai num show incrível e especialmente feito pra elas com performances dos Jonas Brothers, Miley Cyrus, Demi Lovato e mais outras estrelas da Disney.
Agora, um ano depois da eleição, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos continua com uma aprovação considerável entre os americanos. Segundo uma pesquisa recente da rede CNN, cerca de 54% da população dos EUA aprova o presidente, um número muito parecido com o percentual de eleitores que ele teve ano passado. Para entender porque Barack Hussein Obama é tão pop, listamos cinco razões que explicam a importância dele:
1. Um negro na presidência
É difícil exagerar o quanto é importante a eleição de um negro em um país que tem em sua história uma pesada tradição de racismo, herança da escravidão. Até a década de 1960 nem o direito de voto era assegurado aos negros nos estados do sul do país. Obama no poder é uma grande força contra o racismo e a ideia de inferioridade racial ? quer lugar de mais prestígio num país que a presidência?
Um presidente negro num país que já disseminou tanto ódio racial e tem na história organizações raciais como a Ku Klux Klan mostra uma grande virada de conceito. É um sinal que organizações como esta e pessoas que acreditam em tais ideias tendem a ser afastados da sociedade.
2. Obama é um conciliador
Nascido da miscigenação de raças e culturas – mãe branca norte-americana, pai negro africano e padrasto asiático -, Obama é naturalmente carismático e é visto por muitos como um líder unificador, alguém que consegue transpor barreiras raciais e culturais.
3. Sua eleição mostrou que a população dos Estados Unidos mudou de lado
Depois de oito anos do governo republicano e bastante conservador de George W. Bush, os americanos elegeram um presidente democrata. Além de serem de partidos opostos, os políticos representam visões antagônicas. O que mostra uma mudança de posição e pensamento do povo americano e sinaliza que certos padrões sociais e éticos podem ser repensados.
4. A imagem dos EUA melhorou no mundo
A mudança interna dos Estados Unidos refletiu na imagem e na relação do país com outras nações. Desde os primeiros dias de sua presidência, Obama se dedicou a manter a promessa de romper com a era Bush, proibindo as torturas e anunciando o fechamento do centro de detenção de Guantánamo, mantido pelos EUA em Cuba.
Além disso, Obama anunciou e acelerou a retirada das tropas do Iraque. Ele desfez muitos dos erros diplomáticos de seu antecessor, como reformular a proposta do escudo antimísseis na Europa, o que levou a uma nova aproximação com a Rússia. Suas atitudes, inclusive, o fizeram ganhar o Prêmio Nobel da Paz de 2009.
5. Sua mesada pode aumentar
Lembra da crise econômica que os Estados Unidos sofreram no final do ano passado? O efeito dela foi tão grande que gerou demissões no mundo todo, inclusive no Brasil. Você deve ter escutado seu pai reclamar muito em casa. Agora, a economia mundial começa a melhorar. Os EUA saíram do pior momento da recessão. E Obama assegura que suas ações econômicas e seu gigantesco plano de recuperação foram decisivos para a mudança. Com isso, a melhora econômica pode se refletir no mundo todo, inclusive no bolso do seu pai ? e no aumento da sua mesada!
Saiba mais: dossiê Barack Obama mostra tudo o que pode cair sobre ele nos vestibulares .
Quem ajudou: Ana Luiza Backes, doutora em Ciência Política pela UFRGS.