Uma lista de mulheres maravilhosas que irritaram MUITO os homens em 2019
Esses 9 nomes, definitivamente, quebraram padrões, trouxeram mais representatividade e voz de comando às mulheres.
Em 2019, mulheres que lutaram em defesa das liberdades individuais, dos direitos humanos e pelo meio ambiente irritaram aqueles que insistem em querer definir qual é o papel da mulher na sociedade ou possuem ideias preconceituosas e ultrapassadas. Algumas dessas mulheres lutaram contra o racismo, outras contra a gordofobia, a lgbtfobia, o machismo… Para relembrar, e celebrar, montamos uma lista com 9 mulheres que fizeram o patriarcado passar raiva neste ano. #amamos
1. Greta Thumberg
A jovem sueca de 16 anos é uma ativista ambiental que ficou famosa ao protestar na frente do parlamento sueco e por liderar o movimento “Greve das Escolas pelo Clima”. Além de ser ativista pelo meio ambiente e o clima, Greta é vegetariana e luta pelos direitos dos animais. Foi eleita personalidade do ano pela revista Time e listada como uma das pessoas mais importantes para a ciência em 2019 pela Nature. Ela fez um discurso na Conferência sobre Mudança do Clima da ONU (COP25) deste ano que o presidente Jair Bolsonaro, de 64 anos, nomeou de “showzinho”. Logo em seguida, chamou a jovem de “pirralha”. O que Greta fez? Trocou a biografia do Twitter para “pirralha”. A sueca também tirou bastante do sério o presidente Donald Trump, de 73 anos.
2. Lizzo
Lizzo foi considerada a “Entertainer” do ano pela revista Forbes e a artista do ano pela Time. Além de cantora, rapper e compositora, Lizzo é ativista e luta pelos direitos da comunidade LGBTQ+, contra a gordofobia e o racismo. A rapper vem quebrando padrões com o seu sucesso e brilhando muito. “O amor próprio não é ilusório. Todo dia eu tenho que me lembrar de olhar no espelho físico, no espelho emocional, no espelho espiritual. Mas não digo: ‘pareço esse modelo ou atriz?’. Tenho que me manter nos meus próprios padrões. Eu sou a Lizzo que eu parecia no ano passado, quando estava malhando seis vezes por semana com meu treinador? Não. Mas eu sou uma bad bitch? Sim!”, disse em entrevista à Entertainment Weekly.
3. Sanna Marin
No dia 8 de dezembro, aos 34 anos, Sanna foi eleita a primeira ministra da Finlândia e está liderando um novo governo, composto majoritariamente por mulheres. A Finlândia foi o primeiro país em que as mulheres conquistaram o direito ao voto, em 1906. Hoje, mais de 100 anos depois, é um dos poucos em que as mulheres são maioria na política. Em um mundo ainda muito ditado por padrões patriarcais, cujos altos cargos políticos ainda são dominados por pessoas do sexo masculino, Sannas tiram muuuuitos homens do sério, pode acreditar!
4. Marta
Marta Vieira da Silva nasceu em Dois Riachos, um município com pouco mais de 10 mil habitantes, no Alagoas. Antes de se tornar mundialmente conhecida, enfrentou o preconceito e a falta de espaço para mulheres no futebol até encontrar uma oportunidade de ouro. No início de 2019, a jogadora relembrou sua trajetória em um evento realizado pela ONU em Nova York: “o preconceito e a falta de oportunidade já me doeram ao longo do meu caminho. Doeu quando meninos não me deixaram jogar. Doeu quando treinadores me tiravam dos campeonatos porque eu era apenas uma menina”, contou. A atacante é considerada a maior artilheira da Seleção Brasileira desde 2015! Além disso, ela foi eleita 6 vezes como a melhor futebolista do mundo, tanto entre homens como mulheres, pela FIFA. Futebol, um “esporte de meninos”… Será mesmo?!
5. Angela Davis
Um dos principais nomes do movimento negro, Angela, hoje com 75 anos, é professora e filosofa, e levanta questões sobre raça, gênero e classe. Ativista na luta por direitos iguais, nos anos 60 ela integrou o movimento dos Panteras Negras nos EUA. Nos anos 70, foi colocada na lista dos 10 fugitivos mais procurados pelo FBI e seu julgamento levantou questões sobre toda a situação da comunidade negra norte-americana. Em 2019, Angela Davis veio ao Brasil para um evento no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e disse: “não acredito que seja saudável escolher uma luta e dizer que é mais importante do que outra, mas sim, em reconhecer como as diferentes lutas se conectam”. Essa incomoda de outras décadas. Perfeita!
6. Fernanda Montenegro
A gente logo pensa que as mulheres mais jovens tendem a incomodar mais, principalmente os homens mais velhos. Contudo, Fernanda Montenegro, no auge dos seus 90 anos, foi uma das brasileiras que mais tirou do sério o governo atual. Capa da revista literária Quatro Cinco Um de setembro, a atriz faz referência no editoral de fotos à caça às bruxas, aparecendo em “uma fogueira de livros”. “Quando acenderem as fogueiras, eu quero estar do lado das bruxas”, disse a musa do teatro nacional, referindo-se às várias tentativas governamentais de censurar a arte no país, como as mudanças na Lei de Incentivo à Cultura.
7. Lucy Liu
Você, provavelmente, conhece a atriz por causa dos filmes originais de As Panteras, né? Ou, talvez, nem a conheça. Lucy bombou muito nos anos 2000 e, mais recentemente, se afastou um pouco das telonas. Eis que, em 2019, a galera descobriu que Liu é uma talentosa artistas plástica e faz artes que exaltam o amor lésbico. Muitas pessoas, em sua maioria da comunidade LGBTQ+, comemoraram o fato de um nome tão relevante dar visibilidade às questões de representatividade homoafetiva. Outras, contudo, ficaram incomodadas com as pinturas. Agora a gente te pergunta: você vê algo de ofensivo nisso?
8. Megan Rapinoe
Ao lado de Marta, a norte-americana Rapinoe foi uma das estrelas da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019. Afrontosa, para não falar também corajosa, ela declarou que, caso os EUA ganhassem a competição (e ganhou!), ela não iria à Casa Branca, como de praxe, em protesto ao governo preconceituoso de Donald Trump. “Eu não passei por excessos cometidos por policiais em razão de racismo ou tive um membro da minha família morto nas ruas, mas eu não posso ficar de braços cruzados enquanto há pessoas neste país que tiveram que lidar com esse tipo de dor. Eu entendo quem pensa que estou desrespeitando a bandeira ajoelhando-me, mas é justamente em razão do meu grande respeito pela bandeira e pela promessa do que ela representa que escolhi demonstrar desta maneira”, disse em entrevista à revista The Players Tribune.
9. Alexandria Ocasio-Cortez
Aos 30 anos, a congressista que atua na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos por Nova York cativou uma geração de millennials com suas propostas mais voltadas para a esquerda, se intitulando “socialista democrata”. Com discursos batendo recordes, ela tirou muito político e inclusive companheiros de Câmara do sério, não só por suas ideologias políticas, como também por seu carisma e, é claro, por ser uma mulher “roubando a cena” em um meio ainda machista. “Ela é bem-sucedida por uma combinação de fatores. É muito dinâmica, tem senso de humor e é, principalmente, muito autêntica, chega à política sem ter ficado anos se preparando para isso e tem esse olhar fresco”, declarou Stephanie Kelton, ex-economista-chefe dos democratas para o Comitê Orçamentário, sobre Alexandria.
E aí, quem mais você incluiria nesta lista?