Um guia prático para solteiros que têm vergonha de flertar
O primeiro passo para começar a entender como paquerar, é perder o medo da rejeição — que quase nunca tem a ver com você, necessariamente

Dia dos Namorados instiga as pessoas a celebrarem o amor. Mas, para os solteiros, isso parece ser um desafio difícil, em especial se uma das principais formas de criar uma nova conexão romântica é por meio do flerte. Vencer a vergonha, o medo da rejeição e a insegurança para conseguir chegar em uma pessoa e demonstrar seu interesse nela é uma das barreiras mais comuns que travam quem tem vergonha de flertar.
Mesmo sendo complexo e vergonhoso, a prática da paquera ainda é a mais eficaz para conseguir demonstrar para a outra pessoa que você tem interesse nela e, quem sabe, criar um novo relacionamento. E não tem jeito, se você também tem vergonha tem flertar, a primeira coisa que você precisa fazer é perder o medo de ouvir um não.
Em entrevista à CAPRICHO, a sexóloga Mari Williams explicou que antes mesmo de pensar no que falar, qual cantada usar, como se portar, se você ainda não domina a paquera, precisa deixar de lado o medo da rejeição. “Muitas vezes a gente tem muito medo de chegar nas pessoas, de paquerar, de falar qualquer coisa e de ser rejeitado”, pontua.
Um pensamento bem comum é de que, se a pessoa te rejeitar e falar que não tem interesse, você sinta que não é alguém bonito, inteligente ou divertido, mas não é bem assim que acontece. Para a Mari, esses cenários só querem dizer “que essa pessoa talvez esteja interessada em outra coisa ou outra pessoa”. Já parou para pensar nisso?
No episódio ‘Seja Cara de Pau’, do podcast Para que não percais os miolos, a apresentadora Aline Milbratz discute justamente como a vergonha e o medo podem te afastar de viver histórias incríveis e de aproveitar oportunidades únicas. Falando da hora da paquera, a falta de iniciativa ao ter interesse em uma pessoa pode te impedir de viver uma grande história.
Quando você deixa o medo do não de lado e entende que a rejeição pode não ser sobre você especificamente, flertar pode se tornar uma ação mais simples, descomplicada, fácil e divertida, como a sexóloga defende que deve ser.
“Flertar é para ser divertido e é para ser uma escolha, então não se sinta pressionada a flertar só porque todo mundo está fazendo isso. Ao mesmo tempo, não fique acuada pensando que ninguém vai querer ficar com você”, lembra Mari.
Certo, CH, mas e depois de trabalhar o medo da rejeição, o que eu faço? Bom, ai vai depender de quem é a pessoa que você vai flertar e em qual ambiente você está. Mari alerta, por exemplo, que se você estiver em uma festa ou em um bar, é legal observar a pessoa, entender se ela está acompanhada ou já demonstrando interesse em outra pessoa, porque estes indícios podem evitar uma possível rejeição para você.
Se o caminho parecer livre, uma boa tática é ‘flertar pelos olhos’, demonstrando que você está interessado, mesmo de longe. Caso a pessoa te corresponder, você tem um sinal a mais de confiança de que o interesse é mútuo e pode seguir para o flerte mais próximo. A dica da sexóloga é conversar sobre coisas simples quando chegar perto da pessoa, justamente para continuar tentando entender se ela ainda está contribuindo.
“Na hora de chegar para conversar, você pode comentar coisas muito simples, como sobre a música que está tocando, perguntar onde é a fila do bar ou do banheiro, só para fazer uma primeira aproximação e ver como a pessoa retribui”, explica.
Agora, se o seu interesse for uma pessoa conhecida, a tática é intensificar o contato quando vocês estiverem por perto, mantendo a atenção em alerta para qualquer demonstração de desconforto da pessoa. “Se a paquera for com alguém que você conhece, é interessante intensificar alguns toques quando a pessoa estiver falando com você, como encostar no braço, na mão, claro que sem ser invasivo e estar sempre atento para caso a pessoa demonstre estar desconfortável ou chegando para trás, porque aí é o momento de parar”.
Nesses casos em que você conhece a pessoa, as redes sociais podem ser uma forma de você demonstrar interesse sem haver a pressão de fazer um contato pessoal. A dica da Mari é comentar as publicações e stories que a pessoa posta no Instagram, por exemplo, respondendo alguma música que ela compartilhou, ou a foto de um café, comentários que “demonstrem interesse e abrem para conversas, ou seja, que vão além de só reagir aos stories”.
Esse movimento pode abrir espaço para um papo legal e facilitar para você demonstrar interesse e até seus sentimentos pela pessoa. E aí, já anotou todas as dicas para começar a aplicar já?
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