Todo vestibulando deveria investir mais nesta ferramenta de estudo
O simulado é uma forma de treinar a gestão de tempo e estratégia de prova, além de ajudar a aprimorar o plano de estudos no segundo semestre

er uma rotina de estudos estratégica para o vestibular vai além de assistir às aulas, ler todas as obras obrigatórias e fazer resumos ou mapas mentais. É preciso colocar o conteúdo em prática e treinar – especialmente no segundo semestre, com as provas cada vez mais próximas. Um dos jeitos mais efetivos de fazer isso é por meio da resolução de simulados.
Luana de Almeida, coordenadora do Anglo Play, assemelha o vestibular com uma maratona: ambos demandam uma longa preparação para obter um bom desempenho. Nessa analogia, o simulado, segundo ela, seria um longão da corrida – aquele treino de longa distância, focado no desenvolvimento da resistência para provas mais longas. “No simulado, o estudante faz um treino de tempo semelhante ao dia do vestibular”, relaciona.
Assim como não é possível correr uma maratona sem treinamento, você, vestibulando, também não pode deixar o simulado de lado na sua rotina e preparação, viu? Nós vamos te mostrar que ele é uma ferramenta de estudo fundamental.
Olhar atento e relógio ligado
A ideia é sentar em um lugar tranquilo e silencioso para fazer uma prova característica do tipo que você vai prestar, nos mesmos moldes e quantidade de questões e de redação. Tudo isso com o tempo cronometrado, como se fosse no dia do vestibular. Assim, além de testar seus conhecimentos respondendo às questões, o simulado também é uma forma de pensar na gestão de tempo e na estratégia de prova.
Luana diz que a grande questão não é conseguir fazer todas as questões do vestibular. Talvez se você tivesse uma lista com todos exercícios, conseguiria acertar grande parte deles, mas a grande sacada do vestibular é lembrar que o nosso tempo é extremamente limitado. “Então, para conseguir acertar a maior quantidade de pontos possíveis, é preciso ter organização e estratégia”, defende a coordenadora.
Um exercício interessante nesse sentido, segundo Luana, é olhar para a quantidade de questões da prova e o tempo total disponível para respondê-las e, a partir disso, ter um parâmetro de quantas questões tem que ser resolvidas em uma hora para conseguir terminar dentro do prazo. Aí você consegue observar se, durante a realização do seu simulado, você está conseguindo seguir esse padrão.
E se não está conseguindo seguir, qual é o problema? Quais matérias estão sendo seu ponto forte e quais estão te atrapalhando? Qual é a melhor estratégia: resolver as mais fáceis e depois as que você tem mais dificuldade? Ou ir alternando? “Tudo isso, inclusive, pode ser anotado durante o seu simulado, para que você vá aprimorando essa estratégia”, aconselha.
E como isso entra na minha rotina, CH?
Alguns estudantes conseguem realizar um simulado por semana, o que é bem interessante. Mas não é uma regra, ok? Luana lembra que a rotina, em ano de vestibular, é bem atribulada. Por isso, é preciso entender que a demanda não pode ser maior do que o tempo disponível.
De acordo com a coordenadora, fazer um simulado a cada 15 dias já é uma boa periodicidade. “Se for um simulado por semana ou a cada 15 dias, lembre-se de já definir o dia e o horário para realizá-lo, assim você não coloca outros afazeres pedagógicos nesse período”, indica.
Corrigir o simulado é tão importante quanto fazer
Luana enfatiza que não basta fazer o simulado, é necessário reservar um tempo depois para corrigi-lo. “Não é só olhar as respostas certas e erradas, mas entender o que você está errando, como você está errando e o porquê você está errando”, diz. A partir disso, você tem uma melhor noção de quais tópicos você tem mais ou menos dificuldade, e usa isso também para organizar sua estratégia de estudos do segundo semestre.
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