SOS Sexo: ‘Sexo oral pode causar candidíase?’
Ginecologista explica os riscos e como se proteger da candidíase durante as relações sexuais, inclusive as orais

ma leitora contou ao SOS Sexo que ela sempre tem crise de candidíase após o sexo oral. Ela questiona o porquê isso acontece e se há uma maneira de se proteger. Contamos com a ajuda da ginecologista e parceira da CAPRICHO para respondê-la.
A profissional explica que o sêmen pode desequilibrar a flora vaginal pela diferença do pH do sêmen e da vagina, e isso mata os lactobacilos, que é a nossa defesa. “Então usar camisinha sempre vai ser bem-vindo para evitar o contato com o sêmen”, indica. O mesmo conselho vale para o sexo oral. “O ideal, como a saliva também mexe muito com o nosso pH, é usar uma barreira, tanto o preservativo feminino, quanto o masculino cortado para apoiar em cima e a língua, a saliva não ter um contato direto com o nosso canal”, explica.
A candidíase é uma infecção que surge a partir do desequilíbrio da flora vaginal. Nessa região, diversos microrganismos vivem de maneira equilibrada e em pouca quantidade, como lactobacilos e fungos. A candidíase surge quando há a proliferação desses fungos, ou seja, aumenta a quantidade deles, o que gera incômodo, ardência, coceira e outros sintomas na região íntima. O nome candidíase, inclusive, vêm do fungo Cândida albicans, o mais frequente de se proliferar e causar a infecção.
Mesmo que seja muito comum, Juliana alerta que nem tudo é candidíase e é importante avaliar cada caso. “Será que você realmente tem uma candidíase depois da relação? Ou não é o atrito e a falta de lubrificante que te deixa irritada?”, questiona.
A ginecologista cita ainda a possibilidade do problema ser uma candidíase de recorrência e explica: “A candidíase de recorrência, que aparece mais de três vezes em um ano, merece um tratamento longo e com medicação”. Ela enfatiza que é importante buscar um bom ginecologista para investigar. “De preferência que faça microscopia ali no consultório para ver se realmente o que você tem é candidíase”, pontua.
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