Smart vapes: a febre do cigarro eletrônico ficou ainda mais perigosa

Tecnologia deixa os dispositivos ainda mais atraentes para a nossa galera, e isso é muito preocupante

Por Juliana Morales 18 abr 2025, 20h00
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esde que surgiram, os cigarros eletrônicos (os vapes) sempre foram atrativos para a nossa galera, que é o público que mais consome. Eles são dispositivos compactos, discretos e que parecem inofensivos – mas só parecem, viu? Os sabores de fruta podem até enganar, mas seus efeitos são bem maléficos.

Se a febre do cigarro eletrônico entre os jovens já preocupava bastante especialistas e autoridades, os novos modelos podem piorar a situação. Agora, existem modelos mais tecnológicos, que imitam celulares e videogames, e oferecem opções de ligar e mandar mensagem, escutar música e jogar. Essas versões mais modernas estão sendo chamadas de “smart vapes” ou “smart pods”, e podem custar mais de R$ 1000.

Todas essas opções atreladas à tecnologia deixa o consumo ainda mais interessante para a nossa galera, super conectada. Um dos modelos mais diferentões é uma espécie de bichinho virtual no estilo tamagotchi. Caso o usuário pare de tragar, ele “morre”.

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É fato: a indústria dos cigarros eletrônicos é baseada na aquisição de novos consumidores e tem apelo ao público jovem em suas propagandas, pela inovação, tecnologia, cores e sabores. Hoje, eles são considerados a porta de entrada no vício da nicotina.

Segundo dados do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. Sem contar que a ideia do uso desses dispositivos como alternativa menos prejudicial ao tabagismo convencional é um argumento enganoso. Muitas vezes, os vapes possuem uma concentração muito maior de nicotina e conseguem elevar os níveis do vício.

Mas não é só a nicotina, ou glicerina e o propilenoglicol, que são mais conhecidas. Um estudo do Laboratório de Química da PUC-Rio mostrou que, com o aquecimento, as substâncias presentes nos cigarros eletrônicos se transformam e os usuários acabam absorvendo compostos bem diferente do que os esperados

Por isso, médicos e especialistas alertam, principalmente a nossa galera, sobre os prejuízos que os vapes podem trazer, como doenças pulmonares intersticiais agudas e, a longo prazo, relação direta com o câncer de pulmão e outras neoplasias que o cigarro propicia.

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