Simples assim: “Acabou”
Como saber se a gente deve insistir mais um pouco no namoro arrastado ou se já é hora de dar um fim final, definitivo e derradeiro?
A teoria de que “a fila tem que andar” às vezes dá preguiça. Porque não é sempre que é fácil detectar que o sentimento por um garoto já não é mais o mesmo, que o namoro já não é mais o mesmo e que você já não é mais a mesma em relação ao garoto e ao namoro. E a coisa se arrasta, se arrasta. Mas, para algumas meninas, esse “arrastão amoroso” não rola.A Camila Marçal Alvarez, 16 anos, é um exemplo. Ela não faz nenhum drama quando precisa acabar com uma união, seja ela de poucos dias ou de vários anos.
Quando não rola sintonia
“Muita gente diz que é pior terminar um relacionamento de anos. Acho que o tempo não faz muita diferença, pois o que realmente importa são as afinidades que você tem com a pessoa. E, quando isso acaba, não tem santo que dê jeito”, diz ela. E foi o que de fato aconteceu com Camila, que terminou o único namoro sério que teve na vida – eles estavam juntos há dois anos e meio – por pura falta de sintonia entre o casal.
“Estavam rolando muitas brigas entre a gente, sempre por motivos bobos e rotineiros. Aí, eu acabei terminando por telefone mesmo. Sou muito imprevisível e explosiva. Não consigo adiar minhas decisões por muito tempo”, desabafa Camila, que aconselha a todas que acabaram de terminar uma relação irem ao cabeleireiro mais próximo para dar uma geral no “look” e ocupar o máximo possível de seu tempo com coisas legais ou pelo menos úteis, tipo sair com as amigas, arrumar o armário ou até mesmo estudar. Para ela, é melhor mesmo jogar a toalha sem fazer joguinhos ou rodeios. E ela dá a dica: “Se você está determinada a tomar tal atitude, seja mais você e enterre o ex. Para mim, se acabou, acabou. Não tem volta!”, afirma.
A universitária carioca Fernanda Ley, 18 anos, é radical tanto quanto Camila. E não adia para depois o momento final. Ela, que já terminou três relacionamentos, afirma que, quando sente que a coisa já “desandou” e que não dá mais, fala na “lata” mesmo.
Velando o caixão
“Sou muito impulsiva! Geralmente são os meninos que ficam nos enrolando e vão ‘empurrando com a barriga’ a relação, porque deve ser bem mais cômodo isso para eles. Mas eu não consigo ser assim. Sou muito sincera comigo mesma antes de tudo!”, explica Fernanda. “Algumas meninas colocam o relacionamento num caixão e ficam velando, chorando e até rezando missa de sétimo dia, sem coragem de enterrar logo. Acho que isso só traz mais sofrimento e desgaste. Quando eu percebo que não dá mais, acabo na hora”, diz. Para ela, terminar um namoro ou rolo que já está “mal das pernas” significa vida nova. “Sempre que termino um relacionamento, eu penso em me renovar e me ocupar também. Quero mais é curtir, conhecer outros carinhas, dar muito beijo sem compromisso e ser feliz!”
Tirando o peso das costas
A estudante carioca Carla Gante Magalhães, 14 anos, passou por uma experiência parecida com a de Camila e Fernanda. Ela já teve dois relacionamentos mais duradouros e nos dois foi ela quem tomou a decisão de acabar. Para Carla, a fase mais difícil é aquela que antecede o rompimento. “Choro muito, penso e repenso todas as possibilidades. E confesso que tenho medo de sentir saudade dele depois também.” Mas, no entanto, tomada a decisão, sente até um alívio: “Mesmo ficando triste na hora, sinto como se tirasse um peso das costas! Nada é tão mal assim que o tempo não resolva”, revela Carla, que, até agora, nunca foi deixada por garoto algum. “Sempre fui do tipo que prefere terminar os rolos ou namoros. Acho mais prático e menos sofrido para mim.” Mas Carla sempre procura falar com jeitinho com o garoto. “Sou delicada e gentil com ele, até mesmo para não magoá-lo ainda mais. E, se possível, ainda procuro ficar amiga do ex depois do término do namoro. Por que não?”
É claro que todo relacionamento tem defeitos, altos e baixos, isso tudo é supernormal. Mas, quando a coisa desanda mesmo, o melhor é desencanar e terminar, por mais que você passe um período sofrendo com o fim da união. Mas… É sempre bom pensar bem antes de tomar a decisão, pois mesmo as meninas superdeterminadas desta história que você está lendo podem passar pela pior conseqüência de dar um pé na bunda: o arrependimento. “Teve uma vez que acabei me arrependendo depois de terminar com um garoto”, conta Fernanda. “Falei tudo que tinha para falar e depois fiquei pensando se devia ter tentado segurar um pouco mais o relacionamento. Daí dei um jeitinho para que ele ficasse sabendo que eu estava disposta a ter uma segunda conversa com ele. Mas não rolou…”, diz ela. É, levar um pé na bunda é difícil. Mas quem falou que dar um é fácil?
Vai dar um pé? Vai mesmo?
Se você não é tão resolvida assim, nossas dicas podem ajudá-la:
1) Reflita se a coisa está mesmo complicada ou se é só uma fase chata. Ele está estressado por causa do cursinho? Você está com problemas com as amigas? Espere tudo voltar ao normal antes de resolver o que quer da vida.
2) Não decida em um momento de raiva.
3) É mais fácil se arrepender de uma decisão tomada por impulso do que de uma que foi pensada.
4) Às vezes vale tomar uma decisão intermediária, como viajar ou se distanciar um pouco para pensar melhor. E ele nem precisa saber disso, para não rolar estresse.
5) Vai dar o pé na bunda mesmo? Ótimo: converse com ele com jeito, permita-se ficar triste por um tempo (é, não sofre apenas quem levou o fora) e bola pra frente!