Relação entre excesso digital e alta taxa de suicídio de jovens preocupa

Relatório recente mostrou que uso excessivo das redes sociais alimenta o problema de saúde mental entre crianças e adolescentes

Por Da Redação 23 jun 2025, 15h05
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ão é de hoje que alertamos a necessidade de um olhar atento para a saúde mental da nossa galera. Mas isso fica cada vez mais evidente por meio de pesquisas, como o recente relatório do grupo de defesa dos direitos da criança KidsRight, que mostrou como uso excessivo das redes sociais alimenta o problema de saúde mental entre crianças e adolescentes.

De acordo com a pesquisa feita em parceria com a Universidade Erasmus de Roterdã, a crise de saúde mental entre crianças e adolescentes atingiu um ponto crítico, “exacerbado pela expansão descontrolada de plataformas de mídia social que priorizam o engajamento em detrimento da segurança infantil”. 

Uma em cada sete crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos sofre com algum desafio relacionamento à saúde mental. O estudo ainda percebeu a correlação entre o uso excessivo das redes sociais e a taxa de suicídios entre adolescentes de 15 a 19 anos, que é de 6 por 100.000 – baseado em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

E qual é a saída?

Esse relatório da fundação KidsRight é produzido anualmente e tem como objetivo avaliar o compromisso de 194 países com os direitos da criança e se eles estão se esforçando para melhorá-los. Em um comunicado oficial, Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights, afirmou que o relatório deste ano, especialmente, “é um alerta que não podemos mais ignorar”.

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Segundo o documento, ao mesmo tempo que os avanços tecnológicos dos últimos anos trouxeram muitas oportunidades, como o acesso à informação, eles “abriram uma caixa de Pandora de desafios” também: entre eles, a exposição das crianças a bullying, a violência psicológica,  a exploração sexual, a violência de gênero e a desinformação.

Proibir o acesso de menores de 16 anos, como a Austrália fez, por exemplo, não é a melhor saída, de acordo com a avaliação dos especialistas, já que essas restrições rígidas “podem infringir os direitos civis e políticos das crianças”. A recomendação presente no texto é uma abordagem mais sutil que não isole a nossa galera, e incentive o acesso a conteúdos educativos e mais saudáveis.

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